sábado, 26 de dezembro de 2015

Os primeiros sons e sorrisos

Esta semana o Pedro já nos presenteia com alguns sorrisos, especialmente da parte da manhã, quando está mais bem disposto. No resto do dia, transforma-se num bebé chorão. Quando está em modo bebé simpático, chega mesmo a pronunciar alguns sons, como o "aguuu".
A Inês ainda não faz sons tão perceptíveis, mas também já faz uns sorrisinhos. Não tanto como o irmão.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Vacinas dos 2 meses

Ontem de tarde consegui tratar dos gémeos ficando com tempo livre, dormiram os 2, depois mamaram e estavam os 2 acordados. E pensei, já fizeram 8 semanas,  já são 2 meses, então vou ao centro de saúde fazer a vacinação dos 2 meses. Pois é...quando foi finalmente a minha vez e fui à enfermeira ela diz-me "devia ter tirado 2 senhas! 2 bebés, 2 senhas!" Ok... A seguir diz-me "estes bebés ainda não têm 2 meses, amanhã é que fazem 2 meses, dia 16, por isso não podemos dar a vacina hoje. Vai ter de voltar amanhã, amanhã é que têm 2 meses!". E eu fiquei tipo de queixo caído... E vim embora. Depois também vi que apesar de haver um horário para vacinação, (ontem era até às 18h) este horário não é para o utente, é o horário delas... Têm disponíveis um número limitado de senhas,  às 17 e picos retiraram o rolo das senhas. Uma senhora chegou às 17h30 e disseram-lhe que já não a atendiam porque já tinham retirado as senhas. Elas têm tudo calculado para poderem sair às 18, em vez de atenderem os utentes que cheguem até às 18. Viva a função pública!

Como os gémeos fazem hoje os 2 meses, lá voltei eu ao centro de saúde, para vacinar os miúdos. É preciso aproveitar estes dias de sol com 20 graus de temperatura, para que eles não apanhem frio nem chuva. Andam constipaditos e não quero que piorem. Curiosamente até foi outro bebé que pegou a constipação, no centro de saúde, nas aulas do curso pós parto que estou a frequentar, ao espirrar para cima do Pedro. O Pedro ficou assim constipado e depois pegou à irmã, ao pai e aos avós. Só eu é que escapei à constipação e acreditem que já levei com muitos espirros dos meus bebés em cima.
O horário da vacinação de hoje era das 13h às 16h. Almocei o mais rápido que pude, dei de mamar a um dos gémeos que já estava com fome e saí para o centro de saúde, para não correr o risco de ficar sem as 2 senhas que preciso de tirar. Felizmente correu bem, consegui as senhas, não esperei tanto tempo como ontem.
Levei comigo uma das vacinas extra, que está fora do plano nacional de vacinação, a Rotarix, contra o rotavírus, aquelas gastroenterites que são virais e pegam a toda a família. Esta vacina é para beber e os bebés gostaram (deve ser doce). Depois levaram mais 3 vacinas, 2 na perna direita e 1 na esquerda. Choraram, como é óbvio, e depois das picas lá estava o colinho da mamã para os reconfortar.
Fui alertada que a vacina do rotavírus faz com que saia vírus activo nas fezes dos bebés, durante os próximos 15 dias, por isso vamos ter de ter muito cuidado para não nos infectarmos cá em casa. Trocar fraldas com cocós passa a ser o grande medo durante os próximos 15 dias.
Não quero ter uma diarreia como presente de Natal.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Cocó na fralda

É curioso como os gémeos fazem cocós de cores diferentes, embora comam o mesmo, o aleitamento materno em exclusivo.
Ele faz cocó verde, parece que andou a comer caldo verde ou espinafres.
Ela faz cocó cor de mostarda. E hoje fez dois destes, num quantidade tal que saíu da fralda e lhe sujou as costas toooodas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

7 semanas de vida dos gémeos

Os gémeos fizeram hoje 7 semanas de vida. São 7 semanas de cansaço extremo, mas que se conseguiu aliviar um pouco com as maravilhas do cosleeping, que é a única forma de poder dormir.
Mal tenho tempo de vos contar as "maravilhas" da maternidade e da amamentação. Sim, há muito a dizer sobre a amamentação, que não é nada fácil, sobretudo quando é a dobrar.
Vou dormir, tenho 1h para descansar até o menino acordar com fome. Ela acabou de mamar. Eles parecem relógios, sempre com fome de 3 em 3h, e é quando o intervalo não é menor, tipo de hora a hora. 😱

O meu peso voltou a baixar. Desci de 69Kg para 67Kg. Yey!

domingo, 8 de novembro de 2015

A perder peso

Salvo erro, tinha começado a gravidez com 72 Kg. Acho que a minha última pesagem grávida de gémeos tinha sido de 83 Kg.

Pesei-me na balança das enfermeiras dos Lusíadas 1 semana após o parto, quando lá fui para o dr ver a cicatriz da cesariana. Nessa pesagem já estava novamente com 72 Kg.

Anteontem pesei-me novamente, 3 semanas depois do parto,  mas desta vez foi cá em casa. A balança registou 69Kg. Yeahhhh!!

sábado, 7 de novembro de 2015

O Parto dos Gémeos

Finalmente tenho um tempinho livre (cerca de 1h até dar de mamar a um deles) para contar como foi o parto dos gémeos.

Como sabem, fui seguida durante toda a gravidez na Maternidade Alfredo da Costa, visto que o tratamento FIV/ICSI que teve sucesso foi feito lá, e como tal, tive direito a ser lá seguida durante a gravidez. Foi uma gravidez de risco, por ser uma gravidez gemelar, com o risco de poderem vir a nascer prematuros ou muito prematuros (é normal isso acontecer com uma gravidez de gémeos) e por isso foi uma gravidez acompanhada de perto com mais consultas, ecos, CTGs que uma gravidez normal de só um bebé. Estive decidida a fazer o parto dos gémeos na MAC, mas o medo de falta de apoio durante o parto (o parto de gémeos na MAC é sempre feito no bloco e por isso não permitem acompanhante) e no internamento do pós-parto fez-me mudar de ideias, e por isso fiz o parto nos Lusíadas (caso passasse das 34 semanas de gestação, senão os Lusíadas teriam de me encaminhar para a MAC), onde o pai pode estar presente no parto de gémeos (quer seja cesariana ou parto normal) e pode dormir lá, ajudando a mamã no que puder (visto que se fica muito debilitada fisicamente e tratar de 2 bebés não é fácil), e ainda, as visitas ficam com um horário muito alargado (das 10h às 22h) para poderem estar presentes no horário que lhes for mais conveniente.

Desta forma, mantive as consultas da MAC e tudo o resto até ao final. Quando fiz as 34 semanas anunciei na MAC que o parto seria noutro lado, mas que sendo uma gravidez de risco, que iria fazer ali na MAC o acompanhamento até ao fim, porque se aparecesse algum problema, o parto seria feito na MAC - a saúde dos bebés sempre em primeiro lugar. Mas como não apareceu nenhum problema, fez-se o parto nos Lusíadas.

A posição dos bebés na minha barriga ditou o tipo de parto que seria necessário para poderem nascer (opinião consensual na MAC e nos Lusíadas): como eles estavam transversos (deitados), não tinham espaço para dar a volta, logo a única forma de nascerem era através de cesariana. Na MAC, a Dra Teresinha (a especialista de gémeos) recomendou que o parto de gémeos não devia chegar às 38 semanas, que deve ser feito às 37 semanas.
E assim se marcou a cesariana programada para as 37 semanas + 5 dias (sexta-feira dia 16 de Outubro), marcada no dia em que fui fazer o único CTG nos Lusíadas (os CTGs na MAC tinham acabado na semana anterior), para as 14h.

Às 8 da manhã de sexta feira dia 16 de Outubro, fiz a última refeição antes de entrar em jejum para a cesariana.
Dei entrada no internamento às 11h, fui a uma consulta rápida com 2 médicas (que suponho que fosse a consulta de anestesia, pelo carácter das perguntas que me fizeram) e como não havia quartos disponíveis naquele momento, fui encaminhada para uma sala do bloco de partos, onde fiquei deitada, fui sendo monitorizada com CTG, foram verificando a minha tensão arterial... Foi ali que me colocaram o soro na mão esquerda (sempre fui muito mariquinhas com a agulha do soro, sempre me fez doer), mas o soro era um soro especial, açucarado, porque informei que estava com diabetes gestacional (tal como a dra da nutrição me tinha dito para fazer, para avisar da diabetes). Estive ali deitada sozinha talvez durante 1h, sentia-me stressada com tudo o que se iria passar, tinha um relógio grande na parede à minha frente e restava-me olhar para os ponteiros a passar. Fechei os olhos e tentei fazer alguma terapia de relaxamento, imaginando-me num sítio onde já estive e onde me senti bem, tentando visualizar os pormenores desse sítio. Imaginei-me nas Maldivas, a fazer snorkeling e a ver muitos peixinhos coloridos, a ver a barreira de coral, a ver a praia magnífica com aquele azul lindo turquesa no mar. Fui interrompida neste pensamento pela chegada do meu marido, que finalmente apareceu vestido de bata azul e pode permanecer ali comigo a ocupar o resto do tempo com conversa. Pedimos para ligar a música na sala e estivemos a ouvir as músicas que iam passando na Rádio Comercial. Entretanto ele diz-me que rasgou as calças, precisamente no meio das pernas, e fartei-me de rir, e ria, ria de tal maneira que o CTG abanava todo e deixava de apanhar os batimentos cardíacos, mas com as minhas mãos lá reposicionava o CTG e voltava a apanhar tudo. Assim se passou o tempo num instante até às 14h, altura em que me foram buscar para fazer a epidural, já no bloco onde seria a cesariana.

No curso de preparação para o parto, tinham dito que na epidural só custava a picada inicial, que era só uma injecção para adormecer a pele, e depois seria inserida a agulha por onde passaria o cateter que ficaria alojado na coluna, mas que isso já não doia. Pois, comigo foi ao contrário, senti a tal picadinha para adormecer a pele, mas depois a parte da inserção da agulha doeu, doeu de tal forma que arqueei a coluna (não o devia ter feito, mas não consegui evitar) quando senti a dor. O anestesista era muito simpático e ia dizendo tudo o que estava a fazer, para eu não me assustar com o passo seguinte, avisou que iria sentir uma pressão na coluna (que senti), avisou que ia sentir um choque na perna direita (que senti) e avisou que ia sentir as pernas dormentes (e senti). Levei 2 epidurais, não sei se foi por causa de eu ter arqueado a coluna ou se foi mesmo preciso levar 2. Ou seja, passei por aquela dor da epidural 2 vezes. Eu suava por todos os lados, suava e respirava rapidamente, de tão assustada que estava. Suei tanto que até se descolou o autocolante do peito, da monitorização cardíaca. A posição em que me mandaram estar, para levar a epidural, foi deitada de lado, com as pernas encolhidas o máximo possível e com o queixo a tocar no peito. Tinha uma enfermeira a bloquear as minhas pernas com o corpo dela, para eu não mexer as perninhas, e a segurar-me a cabeça, para não mudar de posição. Perante o cenário de dor que estava a passar, ela ofereceu-me a mão dela para eu apertar... e eu apertei tanto, coitada, foi uma querida.

Epidural estava dada e estava a fazer efeito. O anestesista disse que seria normal eu sentir-me enjoada com a epidural, mas não senti o enjoo. Fui algaliada, já com a epidural, para não fazer xixi para onde não devia. Sentia a perna direita completamente dormente, e a esquerda não sentia toda dormente e conseguia mexer o pé. Perguntei se era normal e disseram que sim, que era normal. Depois perguntei se caso me assustasse com alguma coisa, se ia conseguir mexer a barriga sem querer (já que conseguia mexer o pé) e disseram-me para não me preocupar com isso, que não ia mexer-me. O que é certo é que nem dei conta de me fazerem o corte na barriga. Nessa altura já tinha um paninho verde a bloquear a minha vista, para eu não ver o que me estavam a fazer na barriga. O anestesista esteve sempre ao meu lado e ia metendo conversa, para me distrair.
Já tinha começado a cesariana quando deixaram entrar o marido na sala, e mandaram-no sentar-me atrás de mim. Eu nem sabia que já estava de barriga aberta quando ele entrou (ele é que me disse, e avisaram-no para não olhar quando passasse ao meu lado). Na MAC, a anestesista tinha-me dito que com a epidural ia sentir mexerem no meu corpo, mas não iria sentir dor. De facto, sentia estar a ser abanada na barriga por todos os lados, mas nem sabia o que me estavam a fazer... num instante ouço dizer que o 1º gémeo já ali estava fora e baixaram o pano para eu ver... e vi um bebé a chorar, barrado com aquela coisa que parece margarina, que trouxeram até mim para eu dar um beijinho na testa. E assim cumprimentei a Inês. Estava abananada por ver um bebé que tinha acabado de sair de dentro de mim, e uma emoção enorme tomou conta de mim e desatei a chorar. Eram 14h50. O marido foi atrás da bebé, para acompanhar o registo do peso e tudo o resto, ali mesmo ao meu lado esquerdo, e eu a ver tudo. Mais uns abanões na barriga para um lado e para o outro e 4m depois, estavam a dizer que estava ali o 2º bebé, também baixaram outra vez o pano para eu ver. E eu abananada com aquilo tudo. Os bebés tinham nascido!
De seguida, desliguei do que me estava a ser feito durante a cesariana, porque tinham colocado os dois bebés em cima do meu peito, e eu queria vê-los, conhecer aquelas caras com quem tinha vivido todos estes meses sem nunca os ter visto, os meus filhos (dizer "os meus filhos" soa a estranho, não estou habituada a dizer isto). O meu marido segurou-os em cima de mim e de seguida ele foi vestir a primeira roupinha nos bebés, ali do meu lado esquerdo. Passou-me a máquina fotográfica para a mão e estive a fotografá-lo enquanto ele os vestia... e a cesariana continuava a decorrer, mas eu continava a ignorar tudo o que me estavam a fazer na barriga. Terminou a cesariana, mudaram-me da mesa de operações para uma cama, colocaram-me os bebés um em cada braço e fui levada para a sala do recobro, onde ambos os bebés foram colocados logo a mamar (e tinha já colostro para lhes dar).

Foi tudo maravilhoso (excepto a tal dorzinha da epidural, mas isso é o menos) e não trocava aquele parto nos Lusíadas por outro parto (o da MAC). Valeu a pena ter tido o marido presente na cesariana, tornando aquele momento do parto num momento muito humanizado, com uma excelente vivência de bem estar.

O resto da história, do internamento, vai ficar para outra vez... já está na hora de dar de mamar a um dos gémeos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Perdida no tempo

Desde que os gémeos nasceram que não sei o que é dormir decentemente... eles têm de comer de 3 em 3h. O problema é que estão a dormir e é preciso acordá-los para que comam (recuperar o peso perdido é mais prioritário que o sono deles), mas... estão tão adormecidos que levam imenso tempo a acordar. Técnicas para os acordar consistem em colocá-los desconfortáveis: despi-los, fazer-lhes festas com energia na coluna, despenteá-los com festas da nuca para a testa, fazer-lhes cócegas nos sovacos, mexer-lhes nas orelhas, mexer-lhes na planta dos pés, trocar a fralda... vale tudo. Isto demora muito tempo a fazer até que estejam acordados e prontos a mamar. Depois, enquanto mamam, adormecem, e lá estou eu novamente a fazer-lhes malandrices para que não se esqueçam do que estavam a fazer... e a mamada vai assim decorrendo até que já não os consigo acordar mais. Levanto-me, deito-os na cama na esperança de que durmam, mas parece que a cama tem "picos" e mal os deito, acordam, levam as mãos à boca, abanam a cabeça como quem procura a mama, e choram. Pronto, afinal parece que querem comer mais um pouco e voltam à mama até adormecerem novamente... E estamos nisto até que fiquem a dormir na cama. Quando o conseguimos, olhamos para o relógio e vemos quanto vamos poder dormir até chegar a hora de repetir isto tudo com o próximo gémeo. Eles têm horários diferentes e não mamam os dois ao mesmo tempo, mas para tal, precisaria de ajuda para colocar os 2 à mama, mas no curso de preparação para o parto desaconselharam amamentar os 2 ao mesmo tempo, porque se um se engasgar, precisar de ajuda e não tivermos ninguém por perto pronto a ajudar, não podemos largar o 2º gémeo para socorrer o 1º.
E assim se tem dormido pouco cá por casa... por vezes dormimos meia hora entre a vez de se tratarem dos gémeos, outras vezes conseguimos dormir mais.
Esta privação do sono deixa-me desorientada, nem sei em que dia da semana estamos.. mal tenho tempo para ver noticiários (só esta semana consegui ver tv novamente, desde que nasceram). Acreditam que ontem julgava que era 3ª feira? Quando na verdade já era 5ª feira?
Desde o parto que me doem imenso as costas... talvez seja da posição de agarrar nos bebés para amamentar, talvez seja um descompensar da coluna, que esteve estes meses todos a suportar tanto peso e que de repente esse peso desaparece. Tem sido uma tortura estar sentada a amamentar e amamentar deitada não me dá jeito. A única posição em que não sinto dores nas costas é quando estou deitada na cama...

E assim é o dia a dia (e noite a noite) a tratar dos gémeos... não há tempo para nada.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pedido de licença de maternidade na Segurança Social Online




Efectuar o pedido da licença de maternidade no site da Segurança Social Directa deu luta, mas conseguimos fazer o pedido sem termos de ir mesmo a um estabelecimento da Segurança Social.
Uma das coisas que é necessário inserir quando se faz o pedido, é a data de início e a data de fim da licença. A data de início é fácil, escolhi iniciar com a data do nascimento, embora a lei diga que possa ser iniciada mais cedo que a data do nascimento. O site poderia calcular logo qual é a data de fim da licença, quando escolhemos a duração da licença, mas como não o faz e para evitar estar a contar os 180 dias de calendário à mão (a minha é a de 150 dias + 30 dias no caso de gémeos), fomos à net procurar uma calculadora que saiba somar dias a uma data e achámos!

Deixo aqui a partilha do link desta calculadora que sabe somar dias a uma data, para quem precisar dela.

sábado, 24 de outubro de 2015

Os gémeos nasceram!


Os gémeos nasceram na sexta feira dia 16 de Outubro. A menina às 14h 50m, com 48cm e 2760g de peso, e o menino 4m depois, com 50cm e 3060g de peso.
Ainda não vou relatar como foi a cesariana e internamento, por falta de tempo para escrever um post grande, mas posso dizer-vos que acabou por correr tudo bem.

Fiquei internada 4 dias em vez de 3 dias, devido a uma paralisação do íleo (intestino), com acumulação de gases e que provoca muitas dores, com a distensão que provoca no abdómen, numa zona que só por si já está dorida com o corte da cesariana, mas parece que acaba por ser normal isto acontecer quando se faz uma cesariana. Tive alta na 3a feira passada,  dia em que pude dar banho pela primeira vez aos bebés. Antes disso, as dores não me permitiam levantar sozinha e quando me levantava, andava toda encolhida com dores e muito lentamente.
Como o marido dormiu lá, ele foi o meu grande apoio, tanto para se levantar e tratar dos bebés, como para me ajudar a mim sempre que precisei.
Ainda bem que fiz o parto nos Lusíadas, com as 24h de permanência do marido durante o internamento, porque na MAC não sei como teria sido, estando lá sozinha só com a visita do marido durante a tarde...

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

37 semanas: a menos de 24h do parto

Estamos a menos de 24h do parto, da cesariana programada, e eu sinto-me tranquila. Talvez apareça o nervoso miudinho lá para a noite, quando for a minha última noite como não-mamã, com uma noite que considerarei como uma noite dormida completa durante muitos meses. Sim, porque isto de acordar para me virar, para comer ou para ir ao wc será muito bom comparando com as muitas vezes que acordarei para amamentar os 2 pequeninos.
Acredito que me vou transformar numa zombie!

Hoje fui à minha última consulta na MAC, a consulta de nutrição, para controlo da diabetes gestacional. Recebi conselhos sobre a minha alimentação no pós-parto (comer chocolate, chá ou café só se pode fazer imediatamente após dar de mamar; manter a dose de proteínas elevada enquanto amamentar; antes de dar de mamar, comer um lanchinho para evitar a fome de leão após amamentar) e do pequeno-almoço de amanhã, após o qual terei de fazer o jejum para fazer a cesariana à tarde. Amanhã poderei comer 1/2 bola de pão com queijo ou fiambre à vontade e 1 caneca de leite. O normal até agora era comer apenas 1/4 de bola de pão com 1 fatia de queijo ou fiambre e 1 caneca de leite. Poderei comer quase o dobro do que me era permitido comer!
Recebi elogios quando à minha cinturinha elegante de grávida (a cinturinha está melhor agora do que antes de engravidar!) e quanto ao pouco aumento de peso. Claro que retribuí o elogio, ao dizer que só foi possível graças à ajuda dela.
Deverei levar pacotinhos de açúcar comigo, para ingerir durante o jejum, caso me dê alguma fraqueza e não esquecer de avisar, aquando do internamento, de que tenho diabetes gestacional.
Não posso esquecer-me de fazer a prova de tolerância à glicémia 6 a 8 semanas após o parto, para se ver se fiquei com diabetes ou se passaram.
A nutricionista quis saber que alimento proibido irei comer amanhã, depois do parto e a minha resposta foi logo: chocolate! Tenho imensas saudades de comer chocolate! E o meu J. complementou com "ou caramelos!", porque é verdade, também adoro caramelo e ele ontem foi um querido ao comprar-me tabletes de chocolate e um saquinho de caramelos Werther's, para depois poder comer e saciar a minha gula, que esteve aprisionada durante 25 semanas.



Hoje é o dia T-1! Está quase!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Os nomes escolhidos para os gémeos

Passámos por um período de muita indecisão para escolhermos o nome do nosso casal de gémeos. É que não é só um nome, são logo dois! E esta decisão é uma decisão muito importante, porque acabará por ser, no final de contas, o nome que iremos usar para o resto da vida para chamar aos nossos filhos, será a identidade dos nossos filhos e será o nome que o/a futuro/a respectivo/a irá repetir muitas vezes no pensamento e pelo qual irá suspirar.
É a decisão que influenciará para sempre uma, neste caso duas, vidas e tem de ser bem ponderada.

Eu tinha os meu nomes favoritos para menino e para menina, que infelizmente não coincidiram com os nomes favoritos do J. para menino e menina. Como resolver o conflito? Foi simples, ambos abdicámos dos nossos nomes favoritos e elaborámos uma lista com sugestões de nomes, para começar. Depois havia requisitos sobre os nomes:

  • Queria que os nomes não fossem compridos, senão depois quando estiverem na escola, ainda estão a escrever o nome no cabeçalho do teste e já outros vão a responder à primeira pergunta, e isso é o suficiente para deixar uma pergunta por responder no final do teste, por falta de tempo, quando outros conseguiram responder a tudo. Este era um requisito meu e o J. fez-me a vontade.
  • Os nomes dos gémeos tinham de estar relacionados um com o outro, de alguma forma, mas sem perderem a sua individualidade (por isso algo do estilo João e Joana não podia ser, nem Luís e Luísa, onde parece que são a mesma pessoa versão masculino e versão feminina).
  • Nomes têm de ter alusão a figuras históricas, porque era requisito do J. e fiz-lhe a vontade.

E assim, pelo meio da lista de sugestões de nomes de que ambos gostávamos, surgiram os nomes... Pedro e Inês. Alusão histórica a D. Pedro e D. Inês de Castro, unidos para sempre pelo amor. No caso dos nossos gémeos, será o amor fraterno que os ligará para sempre, sem um final trágico, mas reescrevendo a história para que sejam felizes para sempre! Conhecem a história de D. Pedro e D. Inês de Castro? Se não conhecem, vejam na wikipedia.


Mas até chegarmos a estes nomes, ainda se passaram muitas semanas... não foi fácil!
A decisão final foi tomada quando procurámos um infantário para as crianças, salvo erro em Julho, onde tínhamos de os inscrever com o nome deles. Durante algumas semanas andámos a dizer que estes eram nomes temporários (porque podiam surgir outros nomes de que gostássemos mais), mas depois acabámos por nos habituar a chamar os bebés pelos nomes e acabaram por ficar assim.

37 semanas: em contagem decrescente para o nascimento

É já na próxima sexta feira que vou conhecer os meus pimpolhos. Será uma cesariana programada, porque como sabem, ambos estão transversos e não há outra forma de saírem da minha barriga.

Fiz esta semana o primeiro (e único) CTG nos Lusíadas, que será onde o parto ocorrerá, foi feito com um CTG para gémeos, com 3 fitinhas, mas os meus pequerruchos não paravam de se mexer e estavam sempre a fugir do CTG. Só levou 1h a conseguir o registo dos 2 gémeos.

Na semana passada acabaram as consultas de vigilância da gravidez na MAC e onde nos foi aconselhado não deixar passar das 37 semanas para o nascimento dos gémeos. E verdade seja dita, eu sinto-me bastante desconfortável com o peso da barriga, todas as dores associadas e a minha cada vez maior falta de mobilidade por causa do peso e do volume da barriga (virar-me na cama durante a noite é sempre uma aventura cheia de dores). Até me dói o umbigo! (dá-me cá uma vontade de meter fita cola no umbigo, para o segurar e ver se pára de doer)


Para ver se evito as comichões da pele a esticar (e as malvadas estrias - acho que me apareceram em forma de raios de sol à volta do umbigo, mas não consigo ver bem, porque não vejo o umbigo, só o consigo ver ao espelho), passo o dia a barrar-me em cremes hidratantes. Acordo durante a noite com comichão e lá vai mais hidratante para a barriga.
Agora tenho usado o boião de 1Kg creme hidratante ATL (porque tinha cá em casa, não comprei especificamente para a gravidez) ao deitar e uso-o também quando acordo com comichão durante a noite, mas durante o dia agora tenho usado uma manteiga corporal de côco, da Body Shop, para peles normais/secas.

O meu peso às 37 semanas: continuo com 83Kg.

Está mesmo na hora de nascerem! E a aventura de ser mamã está prestes a começar!


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

37 semanas: Nausefe até à última!

No sábado passado tomei o último comprimido de Nausefe (anti-enjoo) que tinha aqui por casa, na esperança de que já não me fizesse falta (andava a tomar 1 à noite e 1 de manhã), porque de todas as vezes que experimentava parar de tomar o Nausefe, os vómitos acabavam por voltar. Nem mais! Hoje já vomitei o 1º pequeno almoço, o das 8h, e já vomitei o lanche do meio da manhã, o das 11h.
Ainda não é desta que termino a minha relação de amor-ódio com o Nausefe, estou a ver que tenho de o tomar mesmo até ao dia do parto...

Grávida a vomitar
Grávida, no final da gestação, e ainda a vomitar!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

36 semanas de gestação: quase no final da gravidez

Dia a dia de um bebé, na barriga

No CTG da semana passada, passou-se um episódio muito caricato. Depois de ter descoberto na outra semana, que é possível fazer ali o CTG de ambos os gémeos ao mesmo tempo, com as 3 fitinhas colocadas (uma para medir as contracção e as outras duas destinadas a cada um dos gémeos), quando fui chamada a fazer o CTG (eu e mais umas quantas) e ao chegar à sala do CTG, perguntei se me poderiam fazer o CTG aos gémeos ao mesmo tempo. Mandaram-me esperar, enquanto foram saber se podia. Enquanto esperei pela resposta, todas as outras mulheres se sentaram onde lhes mandaram sentar. A enfermeira voltou para junto de mim e disse-me "só há cá uma máquina que faz o CTG a gémeos, mas agora já está ocupada, mas eu nem sabia que tínhamos cá essa máquina", enquanto apontava para a máquina, onde efectivamente eu tinha feito o CTG de gémeos da outra semana. E lá tive eu de me sentar numa cadeira, com um CTG "normal" e fazer o CTG a um gémeo de cada vez. E claro, demorei o dobro do tempo que deveria ter demorado... estive lá 1h.

Aquela máquina ficou-me fisgada no olho e já tinha uma estratégia para me sentar lá naquela cadeira no próximo CTG: na sala de espera iria ficar sentada nas cadeiras que ficam mais perto da porta da sala do CTG. Quando chamassem o meu nome, ao mesmo tempo que o nome das restantes mulheres, já iria em vantagem por estar mais perto da porta, logo poderia entrar em primeiro na sala, à frente das outras. Quando entrasse na sala, iria directamente para a TAL cadeira, onde está o CTG de gémeos.
Hoje quando lá voltei para fazer o CTG, segui o plano à risca. Mal entrei na sala do CTG e me disseram para me sentar noutra cadeira, eu disse "prefiro aquela que faz o CTG de gémeos ao mesmo tempo" e avancei para a tal, que estava livre, e deixaram sentar-me lá. Maravilha! Fiz o CTG em meia hora!

Depois do CTG feito, resta aguardar para que nos chamem para a consulta com a obstetra. Como chegámos às 8.45 à MAC (já deixámos de ligar à hora de marcação da consulta, porque já tínhamos reparado que a hora da marcação não interessa, o que interessa é a ordem de chegada), o CTG foi feito num instante, tínhamos esperança de que não demorasse muito a sermos chamados para a consulta, para não sairmos de lá às 13 / 13.30, como tantas vezes nos aconteceu nas vezes em que íamos a chegar lá para a hora da marcação da consulta. E tal como na semana passada, em que fomos chamados para a consulta às 11h, quando eu estava a comer o lanche do meio da manhã (dessa vez também lá chegámos bastante cedo, às 8.30), desta vez também fomos chamados para a consulta por volta das 11 da manhã. Cedíssimo!

Na semana passada, queixei-me na consulta com a obstetra de que sentia muita comichão na barriga e a resposta foi "é normal", que é a pele a esticar e que devo colocar creme hidratante mais vezes ao dia. A coceira continua, é certo, se bem que alivia quando meto a barriga a apanhar ar para secar o creme hidratante. Mas é muito irritante acordar durante a noite com este prurido.
Como o problema continua, hoje, na última consulta com a obstetra na MAC, voltei a queixar-me do mesmo. Pelo sim, pelo não, para despistar possíveis problemas de fígado (colestase intra-hepática da gravidez) que se costumam manifestar por comichão na palma das mãos e dos pés, passou-me umas análises para fazer de urgência logo a seguir à consulta. Como já não tenho mais consultas marcadas com ela, amanhã terei de enviar um SMS à doutora para saber o resultado das análises.

Na semana passada também fiz o teste do cotonete, para se verificar a presença da bactéria streptococcus B, e aparentemente este teste deve ser feito perto da data do parto, porque caso o exame mostre que a bactéria está presente, é preciso tomar um antibiótico quando rebentarem as águas, para evitar infecção no bebé ou em mim. No início da gravidez tinha feito um teste do cotonete na vagina para verificar a presença de qualquer coisa, que já não sei o que era, e esperava que este também fosse assim, mas a surpresa neste teste foi que o cotonete não foi inserido na vagina, mas sim no rabinho. A médica podia ter avisado, não é? Está uma pessoa preparada para uma coisa e depois sai-lhe outra coisa exactamente ao lado. Literalmente ao lado. Depois em casa, quando li sobre este teste, percebi que a bactéria, se estiver presente, está no intestino e por isso pode vir a colonizar a vagina, logo poderá contagiar o bebé durante o parto.

Infecção bacteriana a ser transmitida ao bebé, durante o parto, por ex. com streptococcus B.

Na consulta de hoje fiquei a saber o resultado deste teste do cotonete: negativo. Não estou infectada por esta bactéria. Yey! Menos uma preocupação.

Esta semana também já tive a última consulta de metabólicas, tive consulta de nutrição e tenho outra de nutrição marcada para a semana que vem, se os gémeos não nascerem até lá! Na consulta de metabólicas foi-me dito para parar de tomar o Risidon (metformina) quando fosse o parto e que depois de 6 a 8 semanas depois do parto, tenho de fazer uma prova de tolerância à glicose, para se ver se a diabetes desapareceu mesmo.

O meu peso na semana passada, com 35 semanas: 83 Kg
O meu peso hoje, com 36 semanas: 83.7 Kg

terça-feira, 29 de setembro de 2015

35 semanas de gravidez: os soluços e comichão na barriga

Cada dia que passa é uma vitória para conseguirmos chegar ao objectivo de os gémeos nascerem com 37 semanas de gestação, para não serem prematuros e ficarem livres do risco de irem parar a uma incubadora. Se nascessem agora com 35 semanas, só iriam parar à incubadora se o índice da Escala de Apgar fosse baixo. Esta Escala de Apgar atribui uma pontuação entre 0 e 2 a cinco sinais objectivos (frequência cardíaca, respiração, tónus muscular, irritabilidade reflexa e cor) que são observados no 1º minuto e no 5º minuto após o nascimento. A pontuação máxima é 10 e qualquer valor perto de 10 é um bom valor.

O que tem marcado as 34 e 35 semanas de gravidez têm sido os soluços e as comichões na barriga. A primeira vez que senti soluços dos bebés foi precisamente depois de jantar, no dia 29 de Agosto. Tenho a data bem presente, não na memória, mas numa fotografia que tirámos depois de jantar nesse dia. Agora sinto diariamente os soluços dos dois bebés, em sítios diferentes, mas que dá perfeitamente para perceber quem está com soluços.

Gémeos falsos, com 2 placentas, como os meus.

As comichões na barriga começaram assim do nada. Sinto comichão durante o dia e durante a noite (até acordo com comichão) e evito coçar (se bem que só me apetecia pegar num esfregão da loiça e passar em toda a barriga). Primeiro estive atenta a sinais de pré-eclâmpsia (no hospital indicaram-me este como um dos sinais), mas não dei conta de outros sinais e por isso descartei a hipótese de ser uma pré-eclâmpsia e a única explicação que encontro para estas comichões é... o crescimento da barriga, que tem sido enorme nestas semanas. Tenho a barriga completamente esticadinha, o umbigo parece que nem existe, de tão esticado que está e por isso resta-me continuar a hidratar bem a pele com creme e beber água ao longo do dia. Amanhã tenho consulta, e lá pergunto o que é que isto poderá ser...

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Frases mais ouvidas durante a gravidez de gémeos


Quando alguém fica a saber que é uma gravidez de gémeos, faz um comentário, porque se calhar não sabe o que há-de dizer porque não estava à espera, ou porque tem mesmo dúvidas e quer saber como é...

Aqui deixo a lista das perguntas que mais ouço durante a gravidez de gémeos... mesmo de pessoas que não conheço de lado nenhum, mas que olham para o barrigão e não resistem a comentar.

1. Uhhh! Que barriga tão grande! Já está quase!
Não, ainda não está quase, ainda faltam umas boas semanas, mas... a barriga está assim grande porque são gémeos (e depois vem a pergunta nº2)

2. São gémeos? Mas já tinham gémeos na família?
Não, não tínhamos gémeos na família, somos os primeiros, mas alguém tem de ser os primeiros, não é?

3. Ena! São gémeos! E um casal! Que maravilha! Fica logo despachada!
Pois é... ahah... (sorriso amarelo) Pensamento: mesmo que não fosse um casal, já não ía ao filho nº3. 2 bastam.

4. Ahhh, que bom serem gémeos, e já sabem se são 2 meninos ou 2 meninas?
Jáaaa pois, são um casalinho! (depois a seguir costuma aparecer a pergunta nº5)

5. São um casal de gémeos? E sabem se são verdadeiros ou são falsos?
São falsos, quando é um casal de gémeos são sempre gémeos falsos.

6. São gémeos? Ah grande marido!! Aquela é que foi uma grande noite hã?
No comments.

7. Agora têm de ter cuidado para não virem lá gémeos outra vez!
Pois é... ahah (sorriso amarelo)... pode acontecer (Pensamento: se soubessem que são resultado de tratamento... saberiam que não vêm lá gémeos novamente)

Depois tenho a certeza de que ouvirei mais frases giras quando nascerem. Depois nessa altura volto a elaborar um top.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

34 semanas de gravidez: mudança de planos!

Foi hoje o dia da última eco na MAC, dia de CTG e de consulta de obstetrícia de gravidez de alto risco gemelar. Ou seja, mais um dia em que lá passámos uma manhã inteira à espera.

Chegámos à MAC, o J foi ter com a recepcionista das consultas de alto risco dizer que já lá estávamos na MAC, mas que íamos à eco primeiro - vimos outras pessoas fazerem isto das primeiras vezes que lá fomos e passámos a fazer o mesmo, não sabemos se faz diferença na "vez" em que se fica à espera para a consulta, porque já vimos que apesar de ser com hora marcada, o que conta mesmo é a ordem de chegada. O que é certo é que a recepcionista toma nota do nosso nome/nº de processo e depois vai buscar esse registo quando regressamos à sala, já despachados.
Enquanto o J foi à outra recepção, eu fui directa para a recepção das ecos, também para evitar que a perda de minutos, de ir ao outro lado, fizessem com que me passassem à frente (sim, tal como nas consultas, também ali descobrimos que é a ordem de chegada que conta, apesar da marcação). Estava marcada para as 8h30m.

Enquanto esperava para fazer a eco, e já estava preparada para esperar, sentei-me para medir a glicémia (medição da diabetes, de 1h após o pequeno almoço) e a seguir comecei a comer a 2ª parte do pequeno almoço (que é igual à 1ª parte): o meu 1/4 de bola de pão com 1 fatia de queijo, a acompanhar com um pacotinho de leite magro. Comi o pão, e estava eu a chupar na palhinha, para beber o pacotinho de leite, quando ouço chamar o meu nome para fazer a eco. "Já??" pensei eu, que não estava habituada a ser chamada... como é que se diz.. ah sim, a horas! E pronto, levantei-me imediatamente e bebi o leite, o mais rápido que pude, enquanto caminhava. Cheguei ao gabinete da eco, já a dar os últimos goles no leite, desapertei as calças e deitei-me na marquesa, pronta a ver os meus meninos no ecrã. Hoje calhou-nos um médico que é bastante bem-disposto a fazer a ecografia, rio-me sempre com as observações dele, como por ex. ao ver o coração de um dos gémeos diz "ora, e vemos que está aqui a bater bem as asas como a águia do Benfica". E quando fiz a eco morfológica com ele, ao ver se os pés estavam direitos diz "ora, temos aqui um pé direito, vamos ver o outro... olhem também está direito, portanto, temos dois pés direitos e nenhum pé esquerdo" e lá foi a risada disfarçada no meio do nervoso miúdinho da eco morfológica, a tal temida eco, onde se verifica se está tudo ok com a morfologia dos bebés.
Regressando à eco, fez a medição do perímetro abdominal dos bebés, do perímetro da cabeça e comprimento do osso do fémur. Com estas medidas é possível estimar o peso dos bebés e percentil em que se encaixam, sempre com uma margem de erro. Ora bem, temos bebés mais gordinhos do que na semana passada: um com 2.6 Kg e outro com 2.7Kg. Percentil elevado em ambos, para variar. As posições continuam as mesmas: transversos.

Saímos assim da eco bastante cedo e a seguir fomos para a sala de espera das consultas de alto risco, onde também fui rapidamente chamada para fazer o CTG. Também pensei novamente "já a ser chamada? isto hoje está a andar bem". Lá dentro  da sala sentei-me na cadeira indicada e a enfermeira, que era outra pela qual ainda não tinha passado, pergunta-me o tempo de gestação, e eu digo 34 e que são gémeos, ela exclama "ah, bem me parecia que era uma barriga grandinha só para 34 semanas, então vamos passar ali para outro lugar e fazemos o CTG ao mesmo tempo para os gémeos, com 3 fitinhas, para ser mais rápido". Wait a minute! Afinal conseguem fazer o CTG ao mesmo tempo para os gémeos... em apenas 20 a 30 minutos, em vez do tempo mostruoso que passei nos últimos CTGs em que me fizeram um de cada vez? Woooooow, afinal isto hoje está a correr meeeeesmo bem em termos de tempos. Ainda mandei um SMS ao J para avisar que me iria despachar depressa (dado o histórico dos tempos de espera das outras vezes, ele iria dar uma volta, para fazer tempo). Estive, mais uma vez, a segurar num dos aparelhos de CTGs, para não fugir, quanto registava uma das frequência cardíacas dos bebés, e o aparelho que regista as contracções registou contracções durante o CTG, mas eu não senti nada. Sou uma insensível. Devem ser as tais contracções de Braxton-Hicks, as tais contracções que se diferenciam das outras por estas não apresentarem dor, serem irregulares, mas eu nem dei por elas.

Acabou o CTG, fui ao gabinete das enfermeiras para registarem o peso e tensão arterial (hoje estava com 81.7Kg) e lá voltei para a sala de espera.
E foi aqui que passámos o resto da manhã à espera, à espera, à espera de sermos chamados para o gabinete 8, que é o gabinete da Dra Teresinha, a especialista de gémeos da MAC e que atende toooooodas as grávidas de gémeos. Eu admiro a capacidade dela para atender e acompanhar tantas mulheres e olhem que há imensas grávidas de gémeos na MAC.
Enquanto esperávamos, ainda fomos encontrando caras que se foram tornando nossas conhecidas: 3 colegas do curso de preparação para o nascimento da MAC e a filha de senhor nosso conhecido.

Quando finalmente fomos chamados para a consulta, informei a Dra da nossa mudança de planos quanto ao local do parto. Apesar de continuarmos com o acompanhamento na MAC, que tem sido excelente (apesar dos tempos de espera), achámos que seria melhor usar as vantagens que o hospital privado concede e que não obtemos na MAC, desde que não houvesse problemas no restante decorrer da gravidez.

As minhas queixas quanto ao parto na MAC é que... o parto de gémeos é feito sempre no bloco e por ser no bloco, o acompanhante não pode estar presente, mesmo que seja um parto natural! Se fosse um parto natural de só 1 bebé, o acompanhante poderia estar presente, porque não é feito no bloco. O J deseja estar presente e eu sinto-me mais tranquila se ele pudesse estar presente. De momento até existe um baixo assinado para que o acompanhante possa estar presente numa cesariana de baixo risco nos hospitais públicos (a lei prevê que possa estar presente, mas deixa à consideração dos hospitais. Só 3 hospitais públicos deixam o acompanhante estar presente numa cesariana e a MAC não é um deles). Se ainda não assinaram, se fazem o favor assinem. A relação deste baixo assinado com o meu caso é simplesmente o uso do bloco. Se fosse autorizada a presença do acompanhante no bloco para uma cesariana de baixo risco, então a presença no bloco estaria autorizada também num parto natural de gémeos. Ainda sondámos a MAC,  para saber se seria possível ter a presença do acompanhante via requerimento, mas disseram-nos logo que outros já tentaram isso e nunca nenhum foi aprovado.
A minha outra queixa relaciona-se com o internamento no pós-parto: quartos partilhados por muitas mulheres (uma senhora contou-me que partilhou o quarto com 10 mulheres!). Ouvi falar de WCs só com 2 sanitas e 2 chuveiros partilhados por vários quartos. O acompanhante só pode lá estar durante a tarde. Eu não me imagino a conseguir descansar assim, dorida de um parto, estafada por cuidar sozinha de 2 bebés durante a noite e durante a parte do dia em que o acompanhante não está... e ainda ter de ouvir as outras e os bebés das outras - o que não me deixaria poder descansar quando pudesse, mas se tivesse mesmo de ser, assim seria, teria de deitar este feeling stressante para trás das costas!

Por isso, decidimos que o parto será feito... adivinham onde? (salvo se houver algum problema e aí terá mesmo de ser feito na MAC).
Este novo plano deixa-me muito mais tranquila, e eu tenho de me sentir bem numa fase tão importante da nossa vida: no nascimento de novas vidas.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Manual do Aleitamento Materno

Ando na pesquisa de informações sobre qual é a melhor forma de amamentar os gémeos.
Entre pesquisas, encontrei um manual, que não é para gémeos, mas é um manual geral sobre o aleitamento materno, para quem pretende amamentar ou para quem já está a fazê-lo e se depara com dificuldades.

De qualquer forma, é uma informação útil que vale a pena divulgar e por isso venho partilhar o manual convosco: é o Manual do Aleitamento Materno, editado pelo Comité Português para a UNICEF.

Manual do Aleitamento Materno
Capa do Manual do Aleitamento Materno

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

33 semanas de gravidez: movimentações de barriga

Pois é, parece que tenho aliens na barriga desde há cerca de 2 semanas (lembram-se do filme Alien, de quando um alien sai da barriga de um dos passageiros da nave?). Dá para ver as movimentações dos bebés, mas ainda não sei distinguir visualmente que parte do corpo dá origem às movimentações. Vê-se algo a fazer a barriga subir e baixar em certo sítio, talvez a comparação com o monstro do Loch Ness a ondular no lago seja mais realista. Mas, pela zona do corpo, e conhecendo a posição dos bebés na barriga, consigo mais ou menos saber quem é que faz as ondinhas.

Agora também é frequente ver os soluços a acontecer, como que a sentir um pontapé ritmado na zona do meu estômago, que é onde o menino está...das duas uma: ou o miúdo tem uma costela de músico e já tem ritmo para abanar o pezinho ou então não, e são somente soluços.

Da menina, que está meio transversa meio pélvica (sentada) na parte de baixo da barriga, não vejo nada, mas vou sentido pontapezinhos nas virinhas ou no meu pavimento pélvico. Mas verdade seja dita, eu só consigo ver metade da minha barriga, a parte superior, onde o menino está deitado, logo, acho que só vejo as movimentações dele... nas zona de fronteira entre um e outro, e que ainda consigo ver, fico na dúvida sobre quem será.

Eu já nem consigo ver o meu umbigo (e o meu repolho muito menos), só ao espelho! Sabem o que é fazer depilação através de espelho? Nem consigo perceber se fica bem feita ou não, só apalpando para ver se sinto pêlos, porque pelo espelho não consigo perceber se ficaram pêlos ou não. E pés? Só os vejo quando estou a andar ou quando me sento... há muito tempo que já não chego aos pés. Tenho de pedir para me atarem os atacadores (ténis é a única coisa que me serve nos pés, para além dos chinelos, por causa dos edemas). Coisas da gravidez!



Actividades médicas da semana
Esta semana tive consulta de anestesia, onde fui considerada de baixo risco em anestesia, fiz o CTG e que nesta semana levou... 2h a fazer! Pasmem-se! Depois do CTG tive a consulta de obstetrícia de acompanhamento da gravidez, onde já assinei um termo para autorizar a fazer cesariana (não se prevê que os bebés venham a ficar cefálicos - de cabeça para baixo - o que permitiria o parto natural) lá para as 36 ou 37 semanas.

O meu 2º CTG
Ah, sobre o CTG desta semana, foi imenso tempo! Mas demorou este tempo todo, porque a enfermeira estava com dificuldades em localizar o batimento cardíaco de ambos os gémeos, e esteve ali muito tempo de volta de mim a tentar descobrir o sítio e quando o achava, os malandrecos mexiam-se e perdia-se o sinal do batimento cardíaco. Depois acabou por achar um batimento cardíaco a 80 bpm (beats per minute), onde já tinha apanhado a 150 bpm, que me justificou com sendo um batimento fraco mas pode ser que seja por causa dos soluços (sim, ele estava com soluços naquele momento), porque eles param de respirar enquanto soluçam, de acordo com ela. Para os fetos aka bebés, é normal terem um batimento à volta dos 150 bpm. Ela ainda me deu um chazinho para ver se o batimento aumentava, mas enquanto eu bebia o chá veio outra enfermeira e diz assim "Ó não sei quantas, está a registar o batimento cardíaco da mãe!" e depois diz para mim "Tem diabetes, não tem? Então não beba mais chá." O chá leva açúcar, precisamente para estimular os bebés. Depois lá acharam o sítio certo, muito perto deste, e acabou por ser o menino o primeiro a ter o batimento cardíaco encontrado para o CTG. Desta vez já fiquei numa posição mais confortável, mas estive a segurar outra vez o aparelhinho do CTG, senão o elástico ia subindo pela barriga acima, o CTG ficava fora do lugar e perdia o sinal. Passadas 1h30m desde que entrei na sala, lá se trocou o CTG de sítio e mudou-se para onde supostamente a menina estaria e desta vez acertou-se logo à primeira tentativa. Durante estas 2 horas houve muita "animação" que me foi distraindo: a enfermeira andou a dar conselhos sobre a amamentação e sobre o controlo da dor, ao longo do tempo a mim e a outras (e quando era para as outras eu ia ouvindo), ainda me deu um folheto sobre a amamentação, ainda houve uma visita de 3 estagiários à sala dos CTGs e fui acompanhando as perguntas deles "Quanto tempo demora a fazer o CTG?" "Demora cerca de 20 a 30m, mas no caso dos gémeos é diferente, demora o dobro", foram vendo os registos do CTG, foram metendo conversa com as grávidas... eram mesmo novinhos; ainda fui vendo as outras mamãs "a rodar" as cadeiras para elas fazerem o "CTG simples" delas e eu lá ia ficando.
Ainda pedi à enfermeira para me fazer chegar o lanche das 11h que o meu marido tinha com ele na sala de espera. Ela lá foi à procura dele e o lanchinho chegou-me às mãos (pois é, a diabetes exige comer às horas certas), mas ele não entrou na sala dos CTGs, ora o que é isto, um homem a ver várias grávidas de barriga à mostra? Mas compreendo, que é para preservar a privacidade das outras mulheres.
Resumindo, a tortura do CTG da semana passada, nesta semana acabou por se converter em algo, que desta vez, se passou num instante. Pouco tempo tive eu para jogar no telemóvel, para me entreter nos tempos mortos durante o CTG, o que é bom.

Status do meu peso
33 semanas, com 81 Kg. O delta é de 9Kg :)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

32 semanas de gestação: o CTG

Foi na semana passada, com 32 semanas de gestação, que fiz o primeiro CTG (cardiotocografia), que regista as contracções (se as houver) e os batimentos cardíacos dos bebés.
Parece que é normal fazer-se a partir das 35 semanas para quem tem uma gravidez "normal" só com 1 bebé, mas com gémeos começa-se a fazer mais cedo.
CTG
Como é feito o CTG...

Mas com um bebé, é mais fácil fazer o CTG: coloca-se uma fita elástica que segura o aparelhinho no sítio onde está o coração do bebé, e a outra fita elástica à volta da barriga para registar as contracções e resta aguardar. Com gémeos, julguei que me iriam colocar 3 fitas, mas não. Estive meia hora com as 2 fitas colocadas para fazer os registos para o 1º bebé (a menina) e depois trocaram a posição das fitas para fazer os registos do 2º bebé (o menino) durante a restante meia hora.

Devo dizer que não foi nada confortável fazer o CTG. Foi 1 hora, sentada e encostada de lado, com dores na barriga por causa do peso da barriga pendurada para o lado, sem nada a apoiar o peso. Levei um livro para ler (a conselho de uma pessoa que frequenta comigo o curso de preparação para o nascimento), para ajudar a passar o tempo, mas foi um malabarismo para conseguir ler. Isto porque tive de segurar uma das fitas do CTG com a mão, senão ele fugia do sítio e com a outra mão segurava o livro.

E amanhã vou ter de repetir isto... agora as consultas são semanais (com várias horas à espera pela vez da consulta), com 1h de CTG semanal... ufff mais uma manhã inteira perdida na MAC.

Estou com 80Kg, o que quer dizer que só aumentei 8Kg em 8 meses.
Na última eco, das 31 semanas, um dos bebés estava com 1.9Kg e o outro com mais de 2Kg. Percentil 90 e 95. Graaandes e foooortes!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

30 semanas de gestação e o Plano de Parto

No curso de preparação para o nascimento foi abordado o tema "Plano de Parto".
Quem já ouviu falar no plano de parto? Confesso que estas palavras já me tinham aparecido algures, mas não sabia o que era.

O plano de parto é, como o próprio nome indica, um plano que se pode elaborar para tornar o parto mais humano, para que a parturiente possa estar mais tranquila durante o parto. São pequenas coisas que, se forem seguidas no hospital, podem fazer com que a experiência do parto seja mais positiva. Por ex. no plano de parto pode estar escrito que se gostaria que colocassem a tocar uma pen com determinada música, no momento do parto. São coisas que não colocam em risco a saúde, nem da mãe nem do bebé, e muito menos interferem com os actos médicos, mas que fazem a diferença para a parturiente. Ou então pedir para não oferecerem epidural e só ser dada quando, e se, a parturiente desejar.

O plano de parto, folha escrita com 1 página, enumerando as acções que se desejam ver cumpridas, deve ser discutido numa das consultas do hospital, até às 36 semanas, para que não se peçam coisas impossíveis de cumprir. Depois na altura do internamento, entrega-se essa folha, para ser anexada ao processo e assim quando as equipas mudarem de turno, podem facilmente ler o plano. Não devem ser feitas exigências, mas sim pedidos, dentro do que for possível.

Já agora, achei engraçado ouvir durante o curso, os termos médicos que chamam à mamã:
- a grávida, quando se está grávida
- a parturiente, durante o internamento no hospital, para o bebé nascer
- a puérpera, desde o momento do parto, durante 42 dias (6 semanas).

De momento ainda não pensei se gostaria de elaborar um plano de parto, ou se vou estar logo de acordo (ou contra) com tudo o que me propuserem no hospital. De momento, se os bebés continuarem na mesma posição (ambos transversos, ela deitada abaixo do umbigo, ele deitado acima do umbigo) o meu destino será passar por uma cesariana e é uma coisa muito rápida, comparando com o parto normal (que leva em média 12h). Se bem que uma cesariana tem mais riscos que um parto normal, mas se for a única maneira de os meter cá fora, será.


Agora com 30 semanas, os bebés estão com 1,900 Kg (ela) e 1,800 Kg (ele). Ena! Já carrego com quase 4Kg de bebés!
O meu peso actual é de 79 Kg (o inicial era de 72 Kg). O que quer dizer que com 7 meses e meio, com uma gravidez gemelar bicoriónica (2 placentas) e biamniótica (2 sacos amnióticos) só aumentei 7 Kg. Nada mau!

Às 27 semanas eles estavam com 1,400 Kg (ela) e 1,300 Kg (ele), o percentil dela estava acima de 95 (em altura, passava o percentil 100, rebentava a escala) e o percentil dele estava entre 90 e 95. E continuam a manter estes percentis.

Compridos e gordinhos, é o que são.

Ah, e está a aparecer a línea nigra (ah bolas!) que é uma pigmentação na pele, em formato de linha vertical escura, ao longo da minha barriga e eu nem sequer apanho sol na barriga. E o mais giro é que nem sequer a linha vai direita.. perto do umbigo ela faz uma curva. O que me vale é que isto irá desaparecer nos primeiros meses depois do parto. Nem quero imaginar como ela estaria se eu andasse a ir à praia, a apanhar sol na barriga.

linea nigra
Línea nigra

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

29 semanas de gestação com muito calor!

O que mais marcou as 29 semanas de gravidez foram os acessos de caloooooor, muito caloooooor! Dentro do carro, com ar condicionado a 21ºC a apontar para a minha cara e o calor sem passar. Que horror, estes calores até me fazem sentir mal.
Até ando com o caderno que uso nas aulas de preparação para o nascimento, dentro da mala, para me abanar com ele (mas se calhar devia mas é arranjar um leque).


E ansiedade, sinto muitas crises de ansiedade.. ai o que a aproximação do parto me faz! Preciso de me sentir que nem uma leoa para defender as crias, mas na verdade sinto-me como uma gatinha assustada escondida num canto. Preciso de um par de estalos para ver se isto me passa. Por enquanto ando a calmantes, que ajudam, mas não são suficientes para acabar com esta ansiedade.

Entretanto... a mala da maternidade para os bebés já ficou pronta esta semana!
4 mudas de roupa tamanho 0 (espero que não fiquem grandes) para ela e 4 mudas de roupa tamanho 0 para ele, cada um dos conjuntos embrulhados numa fralda de pano, 2 toalhas de banho e 1 pacote de fraldas de tamanho recém-nascido.
Falta acabar de preparar a minha mala, que de momento só tem lá dentro 2 camisas de dormir com abertura à frente (para poder amamentar) e um conjunto de cuecas descartáveis. Ainda não posso lá colocar os chinelos (porque ando a usá-los) nem os restantes artigos de higiene (que também andam a ser usados). Na lista de coisas para levar para a maternidade, também falam em soutiã de amamentação, mas ainda não o comprei porque não faço ideia de qual tamanho devo comprar. Diz que disse que as mamocas vão aumentar quando subir o leite...

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

28 semanas de gravidez e a azia

Azia, aquele fogo que nos sobe pelo peito!

Nos primeiros meses de gravidez, quando vomitava a toda a hora e nem o Nausefe impedia o vómito (com Nausefe não vomitava com tanta frequência durante o dia, mas todos os dias vomitava!), sentia constantemente azia, fome e nem o facto de comer aliviava a fome, mesmo que já me sentisse cheia. Bebia água muito frequentemente, comia amêndoas com pele e nada aliviava a azia. Assim se passaram os primeiros meses.

Agora, no último trimestre, ainda vomito só e apenas se não tomar o meu amigo Nausefe. Eu vou experimentando de vez em quando não tomar e é certinho que no dia a seguir a não tomar, estou a vomitar pequenos almoços, lanches, jantar... e por isso (ainda!) continuo a tomar Nausefe de manhã e à noite. Se não tomar o da manhã, vomito à noite; se não tomar o da noite, vomito de manhã. Estou a ver que vou estar a parir as crianças e ainda vou estar a vomitar.

Felizmente aquela azia constante, desapareceu nesses primeiros meses e agora só sinto azia quando se aproxima a hora de mais uma refeição ou lanche. Até já uso essa sensação como relógio: sei que se aproxima a hora X, que já passou 1h30 ou 2h após a última vez que comi e que está na hora de ir comer novamente (mas confirmo com um relógio a sério, como o do telemóvel). Após comer a sensação de azia passa.

Mas o que me começou a acontecer agora é que... acordo entre as 2 e as 3 da manhã com azia! Precisamente depois de 2h desde a última refeição do dia, que é a da meia noite. E não consigo voltar a adormecer com este fogo que arde que nem um doido. Então agora a rotina nocturna tem sido, para além de me levantar 2 ou 3 vezes para ir ao wc fazer um xixizinho, meter mais uma almofada debaixo da cabeça e tomar uma pastilha de Kompensan durante a noite. Só assim consigo adormecer novamente.

Infelizmente não vou seguir mesinhas caseiras, por causa da diabetes gestacional e toda a dieta rigorosa de horário, alimentos permitidos e quantidades permitidas que lhe está associada. Kompensan resulta e foi aconselhado pela obstetra, siga para bingo!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

27 semanas de gravidez: o curso de preparação para o nascimento

Eu sempre chamei a estes cursos de "curso de preparação para o parto", mas este da MAC onde nos inscrevemos é o "curso de preparação para o nascimento". Percebo a subtileza da mudança dos termos, porque há aulas sobre temas além do parto, como a amamentação e os cuidados com o recém nascido.
Foi esta semana a primeira aula, leccionada por uma fisioterapeuta, onde se abordaram dicas interessantes para quem está grávida, tais como a postura, para evitar dores de costas (posições para dormir, como sentar, como levantar, como agachar/levantar), como evitar refluxo gástrico/azia, como evitar cãibras...

Contrariamente ao que a enfermeira me tinha dito, sobre as posições de dormir, a fisioterapeuta aconselhou o seguinte...

Dicas para a posição de dormir:

  • essa história de que devemos dormir para o lado esquerdo por causa de não fazer pressão sobre a veia cava, era muito bonito e funcional se... o corpo de toda a gente fosse igual internamente, que os órgãos estivem arranjados na mesma posição, se o bebé estivesse na mesma posição em toda a gente. Ora, isto não é assim que acontece na prática, pois cada caso é um caso, e o que pode ser confortável para uma pessoa, pode não o ser para outra. Por isso o conselho da fisioterapeuta é: durmam na posição em que se sintam mais confortáveis, tanto para as grávidas como para os bebés. Os bebés reclamam com pontapés quando não estão a gostar da posição, para a mamã mudar para outra posição! Mesmo que essa posição em que nos sintamos confortáveis seja de curta duração e que depois a melhor posição em que estejamos bem, já seja outra. Se não tivermos posição para dormir na cama, podemos ir dormir para o sofá nem que seja só durante 2 horas, porque o importante é dormir (é enquanto dormimos que os bebés se desenvolvem, de acordo com a fisioterapeuta).
  • Para dormir de lado, podemos usar duas almofadas para ajudar a estabilizar a posição: uma para colocar no meio das pernas, com a pontinha da almofada debaixo da barriga, e a outra para colocar no meio dos braços.
  • Para dormir de barriga para cima, usar uma almofada debaixo dos joelhos, para que a coluna possa assentar toda no colchão e não arquear as costas (evitando-se assim dores na lombar)

Dicas para levantar da cama;

  • Rodar o corpo para a lateral e com a ajuda das mãos e cotovelos,  levantar da cama sempre com os joelhos juntos. A mesma coisa para nos deitarmos na cama.

Dicas para estar sentada numa cadeira:

  • Encostar o rabo bem até ao fundo da cadeira e só depois inclinar as costas, para que se consiga encostar toda a coluna ao apoio de costas da cadeira.
  • Se estivermos aflitas das costas, podemos sentar ao contrário na cadeira, com o rabo na pontinha da cadeira e os braços pousados na parte de cima das costas da cadeira. Não é uma posição bonita nem elegante, mas é eficaz.


Dicas para evitar pés inchados (acontece devido a problemas com a circulação do sangue, que se acumula nos pés), de acordo com a fisioterapeuta:

  • Devemos colocar um cobertor dobrado por baixo do colchão, na zona dos pés, para dormirmos com os pés mais elevados.
  • Quem trabalha de pé durante todo o dia, deve usar meias de descanso, calçadas logo ao acordar. Estar em pé o dia todo faz com que se fique com os pés inchados.
  • Quem trabalha sentado o dia todo, deve levantar-se e caminhar ao fim de 1h. Estar sentado o dia todo faz com que se fique com os pés inchados, porque o peso da barriga corta a circulação para as pernas.
  • Em casa, para promover a circulação do sangue nos pés, devemos ir para a banheira e com o chuveiro molhar os pés alternadamente com água fria e depois com água quente, para provocar um choque térmico. É o choque térmico que faz activar a circulação.

Dicas para evitar cãibras:

  • A mim tem-me acontecido nos músculos gémeos, das pernas, ficarem com cãibras quando me espreguiço ou estico durante a noite, enquanto estou deitada na cama. Para evitar devemos... ao esticar as pernas, não esticar também os pés. Os pés devem estar flectidos. Se acontecer uma cãibra, devemos alongar o músculo que ficou preso e não devemos fazer massagem ao músculo (por acaso eu abanava o músculo e esfregava com a mão até passar - andava a fazer mal).
  • Para ir buscar algo a um armário alto, não nos devemos esticar, porque pode ocorrer uma torção no corpo caso viremos o corpo, e aí o músculo prende e já não conseguiremos sair dessa posição.


Dicas para evitar azia/refluxo gástrico;

  • O que funciona para algumas pessoas não funciona para outras, é mesmo assim. Por isso, quando se diz que se devem comer amêndoas com pele, para evitar a azia (resulta com algumas pessoas), não se deve passar o dia a comer um pacote inteiro de amêndoas, senão a balança queixa-se. Para tirar partido dessa mesinha caseira deve-se colocar uma amêndoa com pele na boca e ir chupando ao longo do dia. Assim consegue-se comer poucas amêndoas num só dia.
  • Eu recorro ao Kompensan, a conselho médico, porque não ando com azia muito frequentemente, é só de vez em quando e noto sobretudo que aparece quando já é novamente hora de comer e que passa quando como.
  • Para evitar a azia depois das refeições, não nos devemos ir logo sentar/deitar após uma refeição.
  • Ao estar deitada, pode-se usar uma almofada extra na cabeça, para manter o tronco mais elevado e evitar assim que os ácidos do estômago subam.

Se depois me lembrar de mais dicas que tenham sido faladas, venho cá acrescentar...

domingo, 2 de agosto de 2015

26 semanas de gravidez: a barriga já pesa

Neste momento a barriga já pesa!
Já tive de comprar uma faixa (comprei a da prenatal), para me ajudar a suportar o peso da barriga, e que realmente me ajuda quando estou de pé ou quando tenho de andar de carro (a barriga não abana tanto com a trepidação do carro). Só não me dá jeito estar sentada/deitada com a faixa posta, porque me sinto apertada.

Na cama, já tenho de recorrer a almofadas para encostar à barriga, porque o peso da barriga também se faz notar quando estou deitada de lado e custa-me ter a barriga descaída, provoca algumas dores. Também me sinto muito pesada quando tenho de me levantar (do sofá, da cama) ou somente quando tenho de mudar de posição quando estou deitada na cama. Dantes era tão fácil rebolar para um lado ou para o outro durante a noite e nem acordava! Agora, sempre que mudo de posição durante a noite, acordo!
Tento sempre dormir para o lado esquerdo, que é o lado aconselhado pela enfermeira da MAC, porque...

  • se dormirmos para o lado direito, fazemos pressão com a barriga sobre a veia cava, que transporta o sangue venoso do abdómen e membros inferiores para o coração, logo estamos a impedir a circulação do sangue
  • se dormirmos de barriga para cima, o peso da barriga pressiona os nossos órgãos, o que também não é bom

Mas para adormecer muitas vezes tem de ser de barriga para cima, quando não consigo aguentar as dores que sinto permanentemente do lado direito, nas costelas. Depois durante a noite rebolo para a esquerda, quando as dores já aliviaram.

Para me levantar, a enfermeira da MAC ensinou-me a levantar de lado, fazendo força não com os abdominais, mas sim com a parte lateral do corpo, com a ajuda dos braços. Ajuda, sem dúvida, mas não é fácil, porque sinto-me tão pesaaaaaada!

Mas ainda não foi desta que deixei de vomitar... ainda esta semana vomitei por 2x, vómitos causados por cheiros que senti. Agora devo ter faro de cão.


sábado, 1 de agosto de 2015

O dilema dos infantários

Nesta semana, com 26 semanas de gestação, aproveitámos as férias do meu J e as minhas horas permitidas para sair, para irmos visitar infantários com berçário, porque é preciso garantir que os twins têm onde ficar enquando eu voltar ao trabalho, quando terminar a licença de maternidade.

E porquê procurar infantário tão cedo, se ainda nem nasceram?
Esta foi a pergunta que eu fiz, quando soube pelas minhas amigas que deveria procurar imediatamente por infantários. Infelizmente os infantários andam sempre muito cheios, sem vagas (pelo menos é assim aqui pela capital), o que nos obriga a procurar já, durante a gravidez, para garantir que temos vaga quando precisarmos dela, e para complicar precisamos logo de 2 vagas ao mesmo tempo.

Onde procurar, à volta do trabalho ou à volta de casa?
Foi o dilema seguinte com que nos deparámos.
Escolhemos procurar à volta do sítio onde moramos. Sítios à volta do local de trabalho também seriam uma hipótese a considerar, mas aí apenas daria jeito para um de nós, visto que trabalhamos em zonas diferentes da cidade. E se por acaso o destino quisesse que tivéssemos de trocar de trabalho, depois seria complicado arranjar infantário logo na hora.

IPSS's ou infantários privados?
IPSS's são Instituições Particulares de Solidariedade Social, onde o pagamento da mensalidade é indexada ao rendimento do casal de acordo com a declaração de IRS.
Ficámos em lista de espera para 2 IPSS's, uma delas até fica na nossa rua, mas as IPSS's têm o problema de só iniciarem em Setembro (e só precisamos para Setembro do ano que vem, nem sequer é no próximo Setembro, e já havia pessoas em lista de espera!), o que nos deixa com o problema de "onde vamos deixar os bebés desde que a licença de parentalidade termina, até chegar Setembro?". Mas tem como vantagem o horário: é óptimo estarem abertas até às 19.30 (nos infantários privados normalmente é preciso pagar um suplemento para conseguir este horário) o que é bom para quem trabalha na capital e tem de passar por vias com trânsito intenso para fazer o percurso casa->trabalho->casa, o que significa que nunca sabemos quanto tempo levamos a chegar a casa. E se houver acidente nessas vias, piora tudo e entope todas as estradas à volta e é um martírio conseguir regressar a casa. E os privados aproveitam-se disto, claro.

Muitos infantários fecham em Agosto. É mais uma das coisas a ter em conta quando se procura um infantário.

Vimos infantários privados, caríssimos, que até me dava vontade de dizer "eu quero andar aqui, isto é uma maravilha", mas por causa do preço ficam de fora da nossa lista de escolhas. Uma coisa é procurar vaga para 1 criança, e até se consegue fazer uma ginástica no orçamento familiar para pagar algo melhor e mais caro, mas logo para 2 ao mesmo tempo... não dá.

O nosso plano
Será entrar num infantário privado "acessível" (teremos de fazer inscrição num privado brevemente, só para garantir as 2 vagas que serão necessárias antes de sabermos se fomos colocados na IPSS) e se não conseguirmos entrar na IPSS, iremos continuar no privado e concorrer à IPSS todos os anos. Aos 4 anos, tiraremos partido da nova lei que garante o acesso ao pré-escolar no público, a todas as crianças.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

25 semanas de gravidez: resumo da gravidez

Não é fácil ser uma grávida de gémeos.
Sempre ouvi as outras pessoas falarem maravilhas da gravidez, que têm saudades e que foi muito bom estarem grávidas, mas eu não posso dizer o mesmo. Qual maravilhas qual quê? Está a ser uma tortura!


Resumo:

  • 3 dias após a realização do 2º beta HCG (teste de sangue de confirmação da gravidez), ou seja, logo bem no início (acho que foi logo na 4ª semana de gestação), comecei a vomitar tudo muito severamente, para nunca mais parar... tomar Nausefe ajudou a não vomitar tanto, mas 1 ou 2 vómitos diários mantiveram-se até cerca das 14 semanas, onde consegui reduzir a dose de Nausefe, mas ainda não consegui parar de o tomar (quando não o tomo, é vómito na certa, e já vou nas 25 semanas). Azia e enjoos eram as palavras do dia.
  • às 12 semanas foi a descoberta da diabetes gestacional: foi-me imposta uma dieta rigorosa para controlar os níveis de açúcar no sangue. Passei fome no início, mas agora o problema é o inverso: sinto-me cheia e não tenho vontade de comer, mas tenho de comer por causa da diabetes não disparar.
  • era uma pessoa que dormia cerca de 10h por dia, para me sentir bem. Neste momento só consigo dormir 7h30, porque tenho de comer à meia-noite, tenho de tomar o suplemento de ferro às 7h30, para poder comer o pequeno almoço às 8h, e às 9h... Desde que acordo que já não consigo voltar a adormecer. Mas sei que isto vai ser muito muito muito pior quando eles nascerem... vou transformar-me em zombie.
  • entretanto começaram a aparecer dores intermitentes nas costelas e costas, apenas do lado direito
  • das 18 às 20 semanas, inchei e inchei e inchei imenso nos pés - "repouso forçado" resolveu o problema - e comecei a sofrer de tonturas/desmaios.
  • às 21 semanas, as dores intermitentes passaram a permanentes - só consigo reduzir a intensidade da dor estando deitada - e alastraram-se para a zona do umbigo. A minha pele da barriga está tão esticada! O meu umbigo está quase liso.
  • agora acordo imensas vezes durante a noite, com falta de posição para dormir, acordo dorida ou com as mãos dormentes, mudo de posição, adormeço, volto a acordar novamente pelo mesmo motivo...
  • desde o início que me foi proibida a actividade física (e como eu sinto falta!)


A única coisa boa:

  • Sentir os gémeos a mexer, saber que estão ali e que estão bem!


Por isso, entre andar em dieta forçada, sentir dores permanentes, andar enjoada, não dormir tudo... duvido muito que venha a sentir saudades da gravidez!

Tinha-me inscrito no curso de preparação para o parto na MAC, às 12 semanas, onde fiquei em lista de espera... fui agora chamada para iniciar as aulas em Agosto, mas infelizmente não vai dar para ir às aulas até ao fim: o parto ocorre antes disso :(

quarta-feira, 15 de julho de 2015

24 semanas de gravidez: prevenção de estrias

Já estou com uma barriguinha bonitinha, mas nada de ter uma barriga gigante de gémeos. Nas últimas 4 a 5 semanas a barriga cresce com uma velocidade incrível: desde o quase nada até a uma barriga sobre a qual me perguntam "Então, já está quase no final!?" e eu digo "Não! Ainda falta! Só são gémeos...".

Desde cedo que comecei a aplicar cremes na barriga, para prevenir o aparecimento das malvadas estrias. Já gastei um boião D'Aveia Anti-Estrias, e agora ando a usar creme hidratante de uns baldes de 1 Kg da ATL. Todas as noites sigo o ritual de me besuntar, bem besuntadinha, antes de ir para a cama, para ficar a marinar durante a noite. Já experimentei uma amostra de creme da Barral Anti-Estrias, com óleo de amêndoas, e também gostei dele (embora, tenha ficado muito pegajosa, talvez faça bem por ser assim). Há-de ser o próximo a comprar.

Partes corporais importantes, para besuntar:
  • seios, desde a axila
  • barriga, incluindo a parte das costas, com movimentos circulares
  • ancas, coxas e rabiosque, em movimento ascendente (para facilitar a circulação do sangue).

Zonas importantes para besuntar com creme, para evitar estrias.

Durante o dia, uso um hidratante corporal normal (que seca rápido) ou então um óleo anti-estrias da Mustela.

Vamos a ver se isto é suficiente para dar elasticidade à pele.


De resto, nestas 24 semanas continuo a sentir permanentemente a dor nas costelas, mas o estranho é que é só do lado direito, abaixo do seio, e no sítio oposto, nas costas. Já me queixei disto por 2 ou 3 vezes na médica, mas continua a dizer-me que é normal. A dor só alivia se estiver deitada (mas nunca desaparece). Desde ontem que comecei a sentir a pele dormente precisamente no sítio dorido - hei-de dizer isto à médica na próxima consulta, que é já amanhã. Há 2 dias atrás andei com uma dor junto ao umbigo. Ai, Mãe sofre!

O bom bom bom, é que sinto os bebés a mexer todos os dias, nas suas voltinhas, pontapés, etc. das suas vidinhas atarefadas, neste pequeno T0. Consigo distinguir quem dá cada pontapé, pela zona onde é dado :)

O quartinho dos gémeos começa a compor-se. Já temos uma caminha de grades montada e já temos mais algumas coisas que os nossos amigos nos emprestam! Obrigada!


sexta-feira, 10 de julho de 2015

23 semanas de gravidez: metformina no combate à diabetes!

Risidon 850 mg, metformina
Risidon 850 mg (metformina), o antidiabético
Depois de ter visto que na 1ª manhã, após ter tomado o meio comprimido de metformina (Risidon) à noite (após o jantar, de barriguinha cheia para evitar o efeitos secundários enjoos e vómitos), os valores da diabetes gestacional continuavam descontrolados, a situação inverteu-se e nos dias seguintes o valor da glicémia já está afinado novamente, com valores bons: menores que 92 (em jejum) e entre os 100 e 120 (1h após o pequeno almoço).

Yey! Parece que afinal o Risidon sempre anda a fazer efeito!
E claro, continuo a cumprir com a dieta para controlar a diabetes!



terça-feira, 7 de julho de 2015

23 semanas de gravidez: consulta de metabólicas

Foi no início desta semana que tive a minha 1ª consulta de metabólicas, na MAC, por causa dos valores descontrolados dos diabetes ao pequeno almoço, que geraram procupação com a nutricionista, visto que continuo a seguir a dieta que me foi imposta para controlar os valores dos diabetes. Mas também me tinha dito que era normal os diabetes descontrolarem-se após as 20 semanas de gravidez.

Nesta consulta de metabólicas, o meu livro de registo das picagens diárias foi analisado e face aos valores da glicémia serem superiores ao normal, após o pequeno almoço, tive ordens para começar a tomar um antidiabético, para ajudar a controlar o valor da glicémia: começo por tomar meio comprimido de metformina (Risidon 850 mg) a seguir ao jantar e terei nova reavaliação daqui a duas semanas. Vá lá! Não comecei com insulina!

O chato é que ao pequeno almoço de hoje, já esperava ver o resultado do meio comprimido de metformina que tomei ontem ao jantar, mas infelizmente, o valor da glicémia manteve-se alto.

O meu dia a dia, a fazer registos de valores de glicémia.
Dores
As costelas continuam a doer imenso! Só estou bem deitada. O mais estranho é que só me dói do lado direito, tanto na frente como atrás. É uma dor selectiva, estou a ver que sim.

Os ginastas
Aqui os gémeos são uns verdadeiros ginastas, agora sinto várias vezes ao dia as suas mexidas, pontapés e afins. Aqueles movimentos dos quais tinha dúvidas no início, por serem muito leves, são cada vez mais fortes e não me deixam dúvidas de que são mesmo os gémeos a movimentarem-se.
O rapazolas deve adorar o meu estômago, costelas e afins. Acha que é o saco de boxe privado.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

22 semanas de gravidez: Ecografia morfológica

Foi nesta 3ª feira dia 30 que fizémos a ecografia morfológica dos nossos gémeos.
Para algumas pessoas é uma ecografia temida, porque pode revelar problemas com o desenvolvimento do bebé, mas nós encarámos esta ecografia com a expectativa de que tudo estaria bem. E de facto, tudo continua bem.
É impressionante ver como os bebés se desenvolvem tão rapidamente! Na última eco de controle, às 16 semanas, eles estavam localizados abaixo da linha do umbigo, mas nesta eco, apenas ela estava a ocupar todo o espaço abaixo do umbigo, no entanto ele já estava alojado bem acima, junto às minhas costelas, onde é suposto estar o meu fígado e estômago (e cá está a razão das minhas dores de costelas, das quais continuo a sofrer diariamente).

Esta eco é muito gira de ver, porque conseguimos ver com detalhe tanta coisa, incluindo a cara dos bebés! Conseguimos ver os lábios, orelhas, os olhos fechados, o nariz, o queixo, a boca a abrir e fechar, as mãozinhas a abrir e fechar, os pés a mexer, o cordão umbilical, coluna, perímetro abdominal, perímetro da cabeça, o cérebro e cerebelo, a 4 cavidades do coração, confirmação do sexo, tanta coisa! 40 minutos de ecografia para os 2 bebés, que pareceram passar num instante!
Por mim, acho que ficava todo o dia ligada a um monitor só para ver o dia a dia dos bebés dentro da minha barriga :)
Ambos estão com percentil 90 de altura (grandes como o pai!).

Baixa por Gravidez de Alto Risco
A minha baixa de 8 dias foi transformada numa baixa de gravidez de alto risco, até ao final da gravidez. A médica não quis arriscar e para evitar complicações, decidiu que mais valia ficar de repouso em casa, dando-me permissão para sair dentro de certo horário.
E assim cá tenho estado eu, a fazer vida de repouso no sofá durante tooooodo o dia.


Aumento de Peso
Tenho aumentado muito pouco de peso, também tenho sido ajudada pela dieta imposta por causa da diabetes gestacional, da qual padeço desde que foi detectada às 12 semanas. Os valores dos diabetes do pequeno almoço continuam descontrolados e na consulta de metabólicas da próxima semana, quase de certeza que deverei passar a insulina - o repouso não conseguiu controlar os diabetes e é sabido que o stress, nervosismo e a adrenalina que se sente enquanto se trabalha, faz com que os diabetes se alterem, e por isso aguardava-se para se ver se o repouso permitia controlar os diabetes, em conjunto com a dieta da alimentação.
Agora às 22 semanas, estou com 76Kg, pesada com roupa e sem ser em jejum. Só aumentei 3Kg de peso até agora... e cada um dos bebés já tem 500g!