sexta-feira, 9 de março de 2012

Histeroscopia

Hoje fiz uma histeroscopia na MAC, por indicação da médica que vai/está seguir a minha FIV/ICSI lá.
O 1º dia do ciclo foi no passado dia 27 de Janeiro e foi por essa data que se marcou a histeroscopia - que deve ser feita depois de não sei quantos dias depois do início do ciclo.
Por indicação da médica, com o início do ciclo comecei a tomar a pílula contínua até começar com as injecções em Abril. Com a pílula, estamos a tentar melhorar a qualidade dos óvulos.

Histeroscopia

Hoje na histeroscopia, tinha presentes 2 alunos de medicina a observar (um rapaz e uma rapariga). Tentei abstrair-me deles olhando para o tecto e tentando imaginar que só ali estavam a médica (foi a Dra Teresinha Simões que fez o procedimento) e a enfermeira. A enfermeira foi sempre muito querida comigo, a dar-me indicações, com sorrisos nos lábios. Assim é que eu gosto.

Durante este exame foi inserido o histeroscópio com uma câmara para se observar tudo o que se passa no meu aparelho reprodutor. Esta cânula deitava água morna (que eu sentia a sair) e ainda deitava algum gás para expandir áreas do meu interior.

O que se observou:

- Um feto minúsculo morto no útero. Quando o viu, a Drª exclamou "um bebé! Já alguma vez esteve grávida?" e eu "Não!". Penso que será das nossas tentativas normais de casal e não das ICSIs que fizémos até agora (que deram sempre o beta negativo). Julgo que é a isto que chamam aborto retido. Ainda não sei o que será feito quanto a isto.

- Canais das trompas muito fechados. Aqui a Drª disse que é necessário desobstruir e é este o motivo de não conseguir engravidar, porque o esperma não passa. Depois não conseguiram avançar mais com a histeroscopia por causa da obstrução, e que me estava a causar bastante dor.

Por isso, foi marcada uma nova histeroscopia para a próxima sexta dia 16, para a qual irei tomar uns comprimidos 2 dias antes, para que haja dilatação destes canais fechados e conseguir-se assim a sua desobstrução com a passagem do histeroscópio. Hoje não se estava a conseguir desobstruir, pela falta desta preparação que não me tinha sido indicada e havia o risco de perfurar os canais ou útero.

Dizem que não se sente dor neste exame, mas eu senti por causa da obstrução.
Como tive de tomar alguma sedação para este exame, não autorizam conduzir nem ir trabalhar. Passaram-me uma folha justificativa para apresentar no trabalho.

Aqui estão mais informações sobre a histeroscopia, retiradas da Fertivitro e da Clinimater...

O que é a histeroscopia?
A histeroscopia diagnóstica é um exame realizado para observar a cavidade uterina e o canal cervical. Permite o diagnóstico de patologias intrauterinas e serve como método para intervenção cirúrgica. 
Histeroscópio
Através da vídeo-histeroscopia, introduz-se pela vagina uma óptica fina (histeroscópio) no canal uterino, que leva luz ao seu interior, bem como um gás sob pressão, com o objetivo de distender a cavidade para melhorar a visualização do trajecto do colo do útero, da cavidade uterina e dos orifícios tubários, permitindo ao histeroscópio movimentar-se sem qualquer desconforto. Uma micro-câmara ligada ao instrumento transmite a imagem para um monitor, permitindo assim a visualização do canal cervical com uma nitidez magnífica e as patologias existentes neste local.
Histeroscopia
A videohisteroscopia diagnóstica é geralmente realizada sob anestesia local, ou leve sedação, e dura entre 5 a 15 minutos. É aconselhável ser feita entre o 6º e o 14º dia do ciclo, quando o endométrio está mais baixo e o istmo, hipotónico, diminuindo assim a possibilidade de sangramento. 
Em pacientes que estejam na fase da menopausa ou utilizando anovulatórios, o exame pode ser feito em qualquer período. 
No entanto, este tipo de exame não é aconselhável para mulheres grávidas, com infecções no colo ou trompas, com tumores ou submetidas a cirurgias recentes. 
Além da finalidade diagnóstica, a vídeo histeroscopia também tem finalidade terapêutica. Quando o objectivo for o tratamento da lesão, a vídeo-histeroscopia é conhecida como cirúrgica. 
Indicações Diagnósticas:
  • Infertilidade
  • Abortamento habitual
  • Sangramento uterino anormal
  • Pólipos
  • Miomas
  • Aderências
  • Espessamento do endométrio
  • Adenocarcinoma do endométrio
A histeroscopia apresenta menos de 1% de complicações cirúrgicas. 
Indicações Cirúrgicas:
  • Retirada de miomas
  • Retirada de pólipos
  • Retirada de sinéquias (cicatrizes) ou de septos (alteração congénita)
  • Ablação do Endométrio (alternativa à histerectomia) para diminuição de hemorragias
  • Remoção de corpo estranho
  • Biópsia dirigida
  • Cateterização tubária
A realização de investigações e diagnósticos é ambulatorial e não requer internação.
As histeroscopias cirúrgicas são feitas sem incisões ou cortes, com a utilização de instrumentos especiais como pinças de biópsia e eletrocautério, em ambiente hospitalar, com internação de, no máximo, 24 horas.

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