domingo, 9 de fevereiro de 2014

6ª FIV/ICSI: 2ª consulta na IVI de discussão de exames



Depois de se ter tentado obter o tal relatório de opinião do Dr Neves que pudesse indicar qual dos gâmetas pudesse estar a influenciar o resultado, que o Dr Sérgio pediu, e de o Dr Neves se ter recusado a prestar a informação ao casal (nós), o Dr Neves mostrou-se disponível para falar com o Dr Sérgio da IVI, cendendo o nº de telemóvel.


O Dr Sérgio entrou em contacto comigo, para me dizer que o Dr Neves tinha entrado de férias de Natal e que voltava no dia 6 de Janeiro e que após essa data iriam voltar a falar.
Aguardámos, aguardámos, aguardámos por novidades... e elas não chegavam. Liguei para a IVI, para relembrar que estava à espera de novidades para poder marcar a consulta, visto que tanto o J como eu já tínhamos feito os exames pedidos e só faltava a conversa deles.

Ora, o Dr Sérgio ligou-me pouco tempo depois (de ter recebido o recado) a dizer que estavam com dificuldades em falar um com o outro: quando o Dr Neves podia, o Dr Sérgio não podia, e vice-versa, e combinaram trocar a informação por email. Então o Dr Sérgio lá redigiu o email com a informação que pretendia. Finalmente o Dr Neves respondeu-lhe e o Dr Sérgio ligou-me esta semana para me dizer que na opinião do Dr Neves, o problema maior seria a qualidade (a falta dela) dos ovócitos, que influenciava o desenvolvimento do embrião. Parece que quando ao 2º dia o embrião já está com dificuldades, isso é indicador que os óvulos não têm a qualidade suficiente.
Então tratei de marcar a consulta, que teve lugar na sexta feira passada, às 17.15

Fomos e passámos bastante tempo com o Dr Sérgio, para nos explicar todos os detalhes. Os exames que fizémos estavam bons: o estudo da fragmentação do DNA do J estava ok, com um resultado de 7% (não sei o que é que o 7 indica, mas o Dr disse que estava bom) e que o tal valor do qual se desconfiava nas minhas análises genéticas também estava normal para o dia do ciclo em que a análise foi feita.

Então o Dr Sérgio deixou-nos duas opções: ou termos eficácia de resultados (onde temos de recorrer a doação de óvulos) ou tentar mais uma vez com os gâmetas do casal, porque impossível não é, mas é muito difícil obter o tão desejado positivo. Como nunca fizémos uma ICSI na IVI, não sabemos se as condições do laboratório deles podem influenciar positivamente no resultado, optámos por fazer mais uma ICSI com os meus óvulos e com os espermatozóides dele. É a última que faremos no privado, com o nosso material próprio.
Ainda temos mais uma tentativa na MAC, onde prevejo ser chamada em Julho, que é quando faz 1 ano desde a última punção lá. Também será a última que faremos pelo Estado.

doação de óvulos

Se após estas duas tentativas, o negativo persistir, iremos recorrer à doação de óvulos. Segundo nos foi dito na IVI, existe lista de espera para a doação de óvulos, visto que as dadoras não são assim muitas, e que o tempo de espera é em média 4 meses.

Técnica MACS
Técnica MACS

Na IVI, irão ser utilizadas técnicas especiais: uma chamada MACS (Magnetic-Activated Cell Sorting), que consiste em passar o esperma por um "filtro" onde os espermatozóides que tiverem pior DNA serão excluídos, e outra chamada Embryoscope. O Embryoscope é a estufa onde os embriões são colocados e dali só saem para serem transferidos para o útero. Está munido de máquina fotográfica para fotografar a evolução diária, tirando uma fotografia a cada 15 minutos. Nos outros laboratórios que não têm esta maquineta, é preciso tirar, todos os dias, os óvulos da estufa para serem fotografados.

Embryoscope
Embryoscope

Ficámos elucidados sobre como tudo se vai passar, e estou satisfeita por ver alterações que possam melhorar o resultado, relativamente aos sítios anteriores. Mas, como curiosidade perguntámos como se processa um ciclo, com doação de óvulos?
Basicamente, fica na IVI uma ficha com as nossas características físicas, cor dos olhos, cor da pele, cor do cabelo... e quando surgir uma doadora com essas características, a IVI entra em contacto com o casal que estiver na fila para essas características. Depois a doadora passa pela estimulação do ovários, com as injecções diárias, tendo em vista a punção, ou seja, aquilo pelo que já passei nestas FIVs. Ao mesmo tempo, o ciclo da receptora (eu) é sincronizado com o da doadora, para ter o crescimento do útero correcto para o dia da transferência.
A doadora é anónima e não há qualquer hipótese de a doadora conhecer a receptora ou vice versa.


Como iremos fazer uma viagem (bastante longa, até ao outro lado do Mundo) em Abril, não faremos o tratamento antes disso, porque não quero estragar tudo caso tivesse um positivo. Iremos começar esta 6ª FIV/ICSI quando regressarmos da viagem.



Até lá o Dr Sérgio deixou recomendações: para o J, tem de tomar Spermox em jejum (ele já tomou sem ser em jejum, mas fartou-se), e eu tenho de tomar o Matervita, também em jejum.
Eu já tomo Matervita desde a 1ª FIV/ICSI, mas não em jejum. Pode ser que faça diferença.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Notícia de novo tratamento inovador: corifolitropina alfa

Segundo notícia no SOL, existe um novo tratamento inovador disponível em Portugal, comparticipado pelo Estado em 69%, que consiste em levar apenas uma injecção que corresponde a 7 dias de tratamento (em vez 7 injecções diárias), para indução da ovulação numa FIV.
Chama-se corifolitropina alfa.


Passo a citar a notícia, redigida por Ricardo Nabais, SOL:

Um novo tratamento para a infertilidade já está disponível em Portugal. Comparticipado em 69%, consiste numa injecção única com uma dose equivalente a sete dias de tratamento. Até aqui, a terapêutica padrão tem consistido em injecções diárias, destinadas a induzir a ovulação nas mulheres, num tratamento que se designa, no conjunto, de fertilização in vitro (FIV).
O novo tratamento chama-se corifolitropina alfa e além de aumentar o conforto de quem tem de levar injecções diárias, reduzindo-as significativamente, diminui também a margem de erro. Especialistas como Filomena Gonçalves, da Associação Portuguesa de Fertilidade, sublinham o valor da nova substância: “O facto de este tratamento ser comparticipado é muito importante, uma vez que actualmente se tem cortado nos tratamentos inovadores”, diz, sublinhando a maior simplicidade do tratamento. Teresa Almeida Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, destaca a terapêutica como “uma alternativa real no arsenal terapêutico ao dispor dos casais e dos especialistas em medicina da reprodução”.