terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Pensamentos sobre Infertilidade

Infertilidade: é uma palavra que muitas vezes se tem medo de pronunciar. Pensamos que só acontece aos outros. Nunca pensamos que é algo que nos pode ocorrer na vida, indo contra o planeamento de vida que fizémos para nós próprios.

Hoje senti que devia desabafar um pouco.
Sinto-me um pouco cansada desta luta contra a infertilidade, em sermos pais, no entanto não me imagino na minha vida futura sem filhos. Ainda não desisto de alcançar este sonho.
Bem, tudo começou quando (ainda) tinha 29 anos. 1 ano depois de casar, era altura perfeita para se avançar e termos um filho. Pensávamos que se engravidava facilmente, muito provavelmente (pensávamos nós) bastava termos relações sem protecção durante 1 ou 2 meses e já estava. Sempre tive imenso medo de ter "algum acidente" e engravidar sem querer. Connosco não foi assim. Já passaram... 4, quase 5 anos, já nem sei bem, desde que começámos a tentar engravidar.

Hoje é o último dia do ano. Tenho agora 34 anos e no novo ano farei 35! 35, credo! Nunca pensei chegar aos 35 sem filhos. 35! Xii, estou a ficar velha... já fica a meio entre os 30 e os 40. Sinto-me triste.
Já não sou uma rapariga com um corpo giro, com tudo no sítio. Nas lojas olho para as roupas giras e penso, isto já não fica bem no meu corpo. Já tenho algumas rugas de expressão, vários cabelos brancos e não sou mãe.
Algum dia conseguirei ser Mãe, uma Mãe biológica? Sentir um bebé a crescer dentro de mim, cuidar dele desde os primeiros instantes... apaixonar-me por aquele ser que sai de dentro de nós, logo após o primeiro olhar?

Olho para o novo ano que aí vem, mas com a cabeça virada para o ano que agora finda... será mais um ano igual, com insucessos atrás de insucessos?

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ideias para fotografar gravidez

Eu ainda não cheguei a esta fase, pela qual tanto anseio, mas acho muito giro quando surgem fotos com ideias para fotografar o evoluir da barriga, durante a gravidez.

Aqui ficam algumas ideias que vou encontrando...




IVI: um novo recomeçar nos tratamentos de fertilidade


No passado dia 2 de Dezembro fomos a uma consulta na IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade), uma clínica espanhola que existe em Lisboa, com o Dr Sérgio Soares. Esperámos 2 meses para podermos ter uma consulta com ele, mas era este médico que eu queria que nos acompanhasse.
Atendeu-nos sem pressas (até acho que estivémos perto de 2h na consulta com ele!), começou por perguntar qual a minha idade quando tive a 1ª menstruação, duração dos ciclos, desde quando estávamos a tentar uma gravidez, o histórico familiar de doenças, viu todos os exames que lhe levámos, os relatórios das 5 ICSIs anteriores, datas respectivas... conduziu toda a conversa com bastante dedicação e atenção, explicando o que ia observando, recolhendo informações para colocar na nossa ficha.

Chamou à atenção para as minhas análises genéticas (que foram desprezadas na MAC), para a proteína S, que tinha um valor baixo, mas que pode ser facilmente corrigido para um anticoagulante. Mandou-me repetir esta análise genética, para se confirmar o valor.
Ao meu marido, pediu para fazer um novo exame, o estudo da fragmentação do DNA espermático.
Pediu ainda para obtermos um relatório das instituições por onde passámos, MAC e HPP Lusíadas, para que se pronunciem sobre o que acham ser o problema, se é mais feminino ou mais masculino.

Reunindo estes dados, o Dr vai ver qual será a melhor solução para o nosso caso, investir num novo tratamento com gâmetas nossos, ou doação de um dos gâmetas caso se reunam provas indicativas de qual está a influenciar o resultado, porque ele diz que não vale a pena repetir mais uma ICSI assim às cegas sem estudos maiores, só para ver se dá positivo. Temos um dado adquirido: o mesmo protocolo, a mesma medicação, conduz sempre ao mesmo resultado, o negativo, sempre com o mesmo motivo, a falta de qualidade embrionária. Disse ainda que não compreende como é que os médicos anteriores insistem sempre na mesma coisa, como é que não fizeram variar o protocolo, a medicação, porque não se sabe como é que o corpo reagiria.

A consulta terminou com uma eco vaginal, onde observou o meu útero, espessura do endométrio, contagem dos óvulos (só no ovário direito eram 40).

Sinceramente, gostei muito da forma de pensar do Dr Sérgio. Estou confiante!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Notícia "Em defesa do fim do limite aos tratamentos de fertilidade"

Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução quer acabar com a limitação de um tratamento por ano

A presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução quer acabar com a limitação aos tratamentos de fertilidade, cuja comparticipação é autorizada uma vez por ano e por casal, argumentando que não há listas de espera.

«A comparticipação do Estado está limitada a um tratamento por ano e por casal. Ora, havendo capacidade de resposta dos centros, e há, isto não faz sentido», disse à agência Lusa Teresa Almeida Santos.

De acordo com a presidente da Sociedade de Medicina de Reprodução, o Estado comparticipa, no setor público, três tratamentos na totalidade: «essa obrigação de ser um por ano só faria sentido se houvesse listas de espera, e em Lisboa há, mas no resto do país não. E as pessoas desmotivam-se porque não compreendem essa limitação de terem de esperar pelo ano civil seguinte», frisou.

Explicou que o Estado paga a cada centro onde são feitos os tratamentos de fertilidade um valor que varia entre os 2.300 e 2.800 euros por cada tratamento, assumindo ainda uma comparticipação de 69 por cento do valor dos medicamentos (o valor restante é pago pelos casais).

«Se o Estado assume a comparticipação de três tratamentos, não devia fazer diferença quando é que são feitos. Não me parece que tenha assim tanto peso no Orçamento de um dado ano», alegou Teresa Almeida Santos.

Já sobre a comparticipação do preço dos medicamentos, defendeu que os casais que possuam dificuldades económicas «e necessitem de ajuda» deveriam poder usufruir de um apoio estatal «na íntegra», isto é, de 100 por cento do preço.

«O apoio do Estado é um esforço para um objetivo de todos, este desígnio nacional que é o aumento da taxa de natalidade», argumentou.

Aludindo aos números recentemente revelados pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente assistida, que revelam uma quebra de 09 por cento nos nascimentos de bebés como resultado dos tratamentos de fertilidade, Teresa Almeida Santos disse ser «evidente» que a quebra está relacionada com a crise.

«Os casais pensam duas vezes antes de avançarem para a decisão de ter um filho, por não possuírem recursos», frisou.

Entre quinta-feira e sábado decorre no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz o 5.º Congresso Português de Medicina da Reprodução, que vai debater temas relacionados com a diminuição da natalidade.

Um dos painéis propostos irá analisar se o declínio da fertilidade é uma doença biológica ou social, argumentando Teresa Almeida Santos que ambas concorrem para aquele resultado.

«É um flagelo biológico porque as mulheres adiam cada vez mais a idade em que têm o primeiro filho, que presentemente está acima dos 30 anos. E uma doença social porque tem a ver com as condições em que vivem os jovens casais, muitas vezes é preciso que um emigre, que vá para fora à procura de trabalho e tudo isto adia um projeto de vida em comum», sustentou.

O congresso, que contará com a participação de cerca de 250 especialistas nacionais e estrangeiros, decorre no ano em que a Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução celebra o 35.º aniversário.

Notícia publicada por tvi24/PP em 2013-10-01

terça-feira, 24 de setembro de 2013

5ª FIV/ICSI: Fecho de ciclo

Tenho novidades! Não, ainda não estou grávida.

Hoje fui à MAC levantar o relatório da ICSI falhada do último mês de Julho e tive a consulta de fecho deste ciclo, tal como tinha pedido telefonicamente.

E não é que vim de lá com uma esperança renovada?
Passo a explicar... na consulta com a Dra Sofia (que de repente se transforma no meu Anjo da Esperança) sugeri que me fosse feito o exame da permeabilidade das trompas (histerossalpingografia), para se ver se estão obstruídas ou não, porque se estiverem obstruídas é que não temos mesmo hipótese de conseguir naturalmente, neste espaço de tempo até fazermos o último tratamento a que temos direito pelo Estado(daqui a 1 ano).

Histerossalpingografia
Histerossalpingografia.
Verificação da permeabilidade das trompas, com injecção de um líquido de contraste.

E não é que a Dra concordou e me disse que seria chamada esta semana para marcar o tal exame e induzir a ovulação com duphine ou duphaston (já não sei com qual deles era), o que faz gerar óvulos com maior qualidade que aqueles gerados com a medicação da ICSI? (óvulos com pouca qualidade tem sido um dos problemas manifestados em ICSI).
Depois basta treinar em casa à volta do dia D, sabendo a data prevista para a ovulação (com SOP, nunca sei quando é) e com trompas seguramente desobstruídas!

Maravilha! Sinto que há uma pequena luz ao fundo do túnel!


terça-feira, 23 de julho de 2013

Informação útil: quando temos um animal e vai chegar um bebé

Ainda não é o caso, mas ao ler este texto no facebook, tive de o partilhar aqui, para que quem tem um animal (nós temos um cão) saiba o que fazer, para que o animal se adapte à nova rotina da chegada de um bebé. Abandonar um animal não é solução, muito menos entregar o animal num canil/gatil que é o mesmo que entregar o animal ao corredor da morte: nos canis/gatis, os animais são abatidos dentro de pouco tempo se ninguém os adoptar. Nestes sítios os animais ficam deprimidos, adoecem com muita facilidade, o que lhes dá direito a abate imediato. Por isso, ao ter um bebé, não se livre do seu animal!

Mas voltando ao tema, o que se deve fazer quando temos um animal e vai chegar um bebé.

O bichinho é que deverá se adaptar às mudanças que virão. Com paciência e boa vontade, ninguém sairá a perder.
• Se o animal tiver que abrir mão de um espaço da casa, comece a adaptação antes do nascimento do bebé. Assim, o novo membro da família não será recebido como concorrente.
• Ofereça algo em troca do que tiver que ser tirado ao animal. Se ele não puder continuar a dormir na cama, por exemplo, ofereça uma almofadinha nova bem confortável.
• Lave as mantinhas ou almofadas do animal com o mesmo tipo de sabonete que usará no banho do bebé. Assim, o cheirinho do bebé vai se tornando familiar.
• No dia da chegada a casa do bebé pela primeira vez, ofereça um presente ao animal. Pode ser algo simples e baratinho, como um petisco que ele goste muito. É o momento de relacionar o bebé a coisas positivas.
• Após o nascimento da criança, passe a oferecer alguns mimos ao animal com mais frequência que antes. Brinquedos, arranhadores aos gatos, almofadinhas, casinhas novas ou mesmo alguns momentos extra de brincadeira com alguém da família, são boas opções.
• Nunca repreenda o animal com o bebé por perto. O recém-nascido só deverá ser associado a coisas agradáveis. Assim, na presença do bebé, encha o animal de carinho e palavras dóceis.
• Por mais fiável que seja o animal, nunca o deixe com crianças novinhas sem supervisão.
• Incentive a boa convivência entre crianças e animais desde a mais tenra idade.
• Dê ao animal carinho, afagos, atenção, muito amor e nunca o abandone.

Fonte: Animadomus

quarta-feira, 10 de julho de 2013

5ª FIV/ICSI: Teste do betaHCG

Ontem, dia 9 de Julho, foi o dia de fazer a análise do beta HCG, para se ver se seria desta que o tratamento teria resultado. Pessoalmente não tinha muita esperança que desse certo, com uns embriões tão maus, com muita falta de qualidade, mas no fundo, bem no fundo, tinha a esperança secreta de que pudesse ser uma das poucas pessoas que conseguem uma gravidez, mesmo com maus embriões (com cerca de 40 a 50% de fragmentação).

À esquerda, um embrião do tipo A, com todas as divisões correctas.
À direita, um embrião do tipo D, muito fragmentado, de má qualidade.

Fomos logo pela manhãzinha, a chegar às análises da MAC às 7.45 e consegui ser a 2ª pessoa das senhas azuis (as verdes são as prioritárias). A analista foi uma querida, era uma rapariga novinha mas com muito jeito para tirar sangue. Espetou a agulha com muito cuidado, mal se sentiu a furar, também foi muito delicada ao tirar a agulha e até fez pressão com o dedo para não sangrar do braço (e evitar a nódoa negra). Depois fomos lá acima ao 2º andar avisar que o beta estava feito e aproveitei para entregar a medicação não usada que me sobrou do tratamento, para que outras utentes possam usar.
De seguida, fomos trabalhar.
Cerca das 14h30 recebo o telefonema da enfermeira Belém (a espanhola) a dizer que tinha más notícias, (pronto foi mais um negativo) e aproveitou-se para deixar o pedido de marcação da consulta para falar com a Dra Graça sobre o tratamento. Hoje já não adianta continuar a colocar as bolinhas de Utrogestan.


Como este foi o 2º tratamento realizado pelo Estado, ainda tenho direito a mais 1, a ser realizado daqui a 1 ano.
Entretanto, iremos fazer novo tratamento, lá para o final do ano, noutro lado. Talvez vá à IVI (com o Dr Sérgio) ou à Cemeare (com a Dra Maria José), porque gostava de ouvir opiniões de outros médicos sobre o que fazer, para além do que já ouvimos nos Lusíadas e na MAC.

Até lá, resta esperar pelo milagre de uma gravidez espontânea.


terça-feira, 9 de julho de 2013

Notícia: Fertilizacao mais fácil e barata

Nova tecnologia é mais barata e permite aumentar as hipóteses de gravidez.

Um novo método, apresentado ontem por cientistas da Universidade de Oxford, Inglaterra, promete baixar os custos da fertilização ‘in vitro’ (FIV) e aumentar as hipóteses de gravidez.
A técnica baseia-se na triagem genética de embriões antes da implantação. O sequenciamento de genes para selecionar um embrião viável para FIV já resultou no nascimento de um bebé saudável, em junho. O segundo parto está para breve.
A FIV, processo através do qual um óvulo é fertilizado em laboratório, tem uma taxa média de sucesso de cerca de 30%, ou seja, uma em cada três tentativas de FIV resulta num bebé, já que as anomalias no DNA de um embrião são comuns. O método utiliza tecnologia atualizada que permite revelar doenças hereditárias, anormalidades cromossomáticas e mutações. "Este método vai ajudar-nos a identificar os embriões com as melhores possibilidades de produzirem uma gravidez viável", explicou o cientista Dagan Wells.
"Trata-se de um aperfeiçoamento que resulta em mais informação. Aguarda-se a validação da técnica para que se possa aplicar em Portugal", disse ao CM Alberto Barros, professor catedrático e responsável pelo Centro de Genética da Reprodução.

Artigo original em:
Fertilizacao mais fácil e barata

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cartão CGD Pré-Pago "My Baby"


Enquanto espero pelo dia do beta, que será no próximo dia 9 de Julho, venho aqui mostrar mais um dos cartões de desconto da CGD (tal como o Cartão HPP Identificação). Este é o Cartão My Baby (disponível com ou sem vertente de crédito), que permite obter variados descontos na compra das coisinhas para o bebé, entre os quais e passo a citar (do site da CGD).
(...) dá acesso a vantagens exclusivas nos Hospitais HPP Saúde:
Oferta da estadia para acompanhante (familiar) nos internamentos por parto
Unidades HPP Saúde: HPP Hospital dos Lusíadas (Lisboa) e HPP Hospital da Boavista (Porto)
Desconto no Kit e na Crio-preservação de Células Estaminais (Kit de recolha para células estaminais: 30 € + IVA. Desconto de 5% no valor global da aquisição da criopreservação sobre o preço de tabela que estiver em vigor na data da aquisição), mediante pagamento pelo cartão Made By.
Unidades HPP Saúde: HPP Hospital dos Lusíadas (Lisboa) e HPP Hospital da Boavista (Porto)
NOTA: Para usufruir do desconto os Clientes devem contatar diretamente a Bebé Vida, informar que o bebé irá nascer nas unidades HPP indicadas e agilizar a encomenda do kit / serviço de criopreservação, no âmbito do protocolo existente entre a HPP Saúde e a Bebé Vida.
10% de desconto no Curso de Preparação para o Parto, mediante pagamento pelo cartão Made By.
Unidades HPP Saúde: HPP Hospital dos Lusíadas (Lisboa) e HPP Hospital da Boavista (Porto)

Compras on-line, descontos e outras promoções
Poderá fazer as suas compras na loja on-line da Caixa, acessível através do Caixadirecta on-line, onde encontrará o Carro de Passeio, as Cadeiras Auto, a Alcofa, a Cama de Viagem da marca Römer, entre outros artigos bastante úteis. Com o cartão My Baby terá ainda acesso a descontos em parceiros que vão agradar a si e ao seu bebé. Os descontos são efectuados em lojas de vestuário ou calçado, puericultura, brinquedos, espaços de diversão e lazer, entre muitos outros.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: Transferência


Hoje a bióloga ligou às 9.45 (como estamos de férias, ainda estávamos na cama).. o meu coração disparou logo porque vi que o número de telefone vinha da MAC e tive muito receio do que ia ouvir. Ela disse que os 3 embriões estavam com muito má qualidade e que precisavam de ir já para o útero, por isso havia uma decisão a fazer da nossa parte: esperar por amanhã para ver se melhoravam ou transferir já.  Claro que pedi para transferir já. E assim se agendou a transferência dentro de meia hora, para as 10.15. Levantámos-nos num instante e fomos para a MAC. Comecei logo a beber imensa água para encher a bexiga até lá - bebi 1 litro em menos de meia hora e quando lá cheguei ainda não tinha vontade de ir ao wc, mas avisei a quantidade que bebi e que não sabia se a água já estaria a chegar à bexiga.

Chegámos à MAC e estava tudo muito calmo. Muita gente tinha feito greve (hoje é dia de greve geral) e por isso não havia marcações para hoje (um dos motivos para terem inicialmente agendado a transferência dos embriões para amanhã).

Chegámos à FIV e não havia recepcionista, nem ninguém no corredor. Tivémos de ir à procura de quem lá estivesse para dizer que nos chamaram para a transferência. E assim se reuniu a equipa num instante: a bióloga, a Dra Sofia e a outra médica (ou estagiária, ainda não percebi bem se já é médica, porque ela é muito novinha, parece uma estagiária da Anatomia de Grey, a Dr. April Kepner - Sarah Drew). Elas foram todas muito simpáticas e prestáveis, eficientes. Gostei muito da equipa.

Dr. April Kepner, Grey's Anatomy, papel interpretado por Sarah Drew

A bióloga falou connosco a dizer que quando ligaram só tinham classificado 1 embrião com 40% de fragmentação e que quanto aos outros 2, tinha muitas dúvidas se seriam embriões ou não. Mas entretanto, ela já tinha ido ver novamente e temos 2 embriões com 40% de fragmentação e um 3º muito duvidoso (acima de 50%). Ela não podia decidir se seriam transferidos 2 ou 3, porque isso é decisão da médica, mas que só costumam transferir 3 quando a mulher tem acima de 37 anos.
Fui logo para o balneário preparar-me, despir da cintura para baixo, vestir a bata, pôr a touca na cabeça e pôr os "pezinhos". Depois fui logo para a sala de transferência e a Dra Sofia apareceu a dizer que tinha decidido transferir os 3, por causa do 3º ser tão mauzinho e que valia a pena correr o risco (o risco é sair uma gravidez de trigémeos).
A Dra Sofia estava muito simpática mais uma vez, com sorrisos, a desejar boa sorte, a dar conselhos, gosto muito dela assim com esta atitude.
Talvez tenhamos tido o azar da nossa primeira consulta com ela há 1 ano atrás, ela estar nessa altura com algum problema que se reflectisse na sua personalidade e esta seja a sua faceta simpática e bastante humana que tenho tido a sorte de encontrar.
E assim a Dra Sofia fez a transferência, a bióloga (Dra Catarina) foi buscar os embriões e a "Dra April" esteve a ajudar com o ecógrafo, colocar o gel na barriga. Tudo 5*.
Posso fazer vida normal, ir à praia (a temperatura da praia não influencia negativamente) e no mar molhar só até aos joelhos (para que a progesterona não saia para o mar, pela mesma razão pela qual não se devem fazer banhos de imersão) e agora resta fazer as análises (beta) dia 9.


Já estou PUPO (Pregnant Until Proven Otherwise - Grávida até prova em contrário), que é como dizem nos fóruns americanos, para designar este estado entre a transferência dos embriões e o beta hCG.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: Telefonema da Bióloga

Desta vez a bióloga ligou bastante tarde, ao meio dia, enquanto que das outras vezes costumava ter novidades logo pela manhã. Comecei a ficar preocupada, durante toda a manhã, sem novidades da bióloga
.

O telefonema chegou com as novidades: dos 12 recolhidos, só 5 estavam maduros e daqui só 3 geraram embriões. A transferência ficou agendada para a próxima 6ª feira (vai ser uma transferência de 3º dia)

Só 3 embriões? Fiquei desolada, bastante triste, num pranto que ainda não consegui travar, porque não acredito que resistam até ao dia da transferência.


Estatística sobre mim própria:
1ª FIV/ICSI (onde houve hiperestimulação, não houve transferência devido aos riscos, e foi tudo congelado para se fazer uma TEC):
22 ovócitos recolhidos na punção
12 estavam maduros
8 embriões gerados
5 embriões congelados
2 transferidos (os 2 melhores dos 5)

2ª FIV/ICSI (em risco de hiperestimular, estradiol no valor limite):
10 ovócitos recolhidos
7 estavam maduros
5 embriões gerados
4 embriões no 1º dia
1 transferido (o único resistente)

3ª FIV/ICSI (só recolheram de 1 ovário, o outro tinha o intestino à frente):
6 ovócitos recolhidos
5 maduros
4 embriões gerados
4 embriões no 2º dia para a transferência ( 2 com 35% de fragmentação e 2 com mais de 50% de fragmentação)
2 transferidos (os 2 melhores, os restantes não tinham qualidade para congelar)

4ª FIV/ICSI
11 recolhidos
7 maduros
7 embriões gerados
5 embriões no 1º dia
4 embriões no 2º dia
2 transferidos (os 2 melhores, os restantes não tinham qualidade para congelar)

5ª FIV/ICSI
12 recolhidos
5 maduros
3 embriões gerados
?

terça-feira, 25 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: Punção!

Depois de ter seguido à risca todas as instruções sobre as restantes picas, preparação, e de me ter assegurado, com a ingestão de muita verdura, de que os meus intestinos não me iam trair desta vez como na 3ª FIV/ICSI, chegámos ao dia da punção.


Tal como recomendado, nada de unhas pintadas, nem cremes nem desodorizante nem produtos de cosmética, porque os óvulos são muito sensíveis aos cheiros. Como das outras vezes costumava tomar uma banhoca de manhã antes de ir para lá, desta vez antecipei a banhoca para ontem à noite, para evitar mais um cheiro: o do gel duche e champô (não recebi nenhuma recomendação sobre isto, foi da minha iniciativa). Não custa tentar, pelo menos senti que fiz algo de diferente e pode ser que faça diferença.
Não tomei o pequeno almoço, por causa do jejum, e a última vez que comi foi ontem à noite às 23.30. Bebi uma caneca de leite morno e um pacotinho de 4 ou 5 bolachas de água e sal.

Às 8h, lá estávamos nós à porta da MAC (a MAC só abre às 8h) conforme nos tinha sido solicitado e quando abriu, lá subimos nós ao 2ª andar, onde fica a unidade de FIV.
Primeiro chamaram o meu marido para ele ir fazer a parte dele. A seguir fui eu.
Fomos o primeiro casal a serem chamados para as punções, tal como eu desconfiava, pela hora a que me tinham mandado dar o Ovitrelle e a hora do início do jejum: foi meia hora mais cedo que o normal. Costuma ser o Ovitrelle às 22h e jejum a partir de meia hora e desta vez deram-me horários meia hora mais cedo.
Lá segui o ritual de: colocar a roupa no cacifo, vestir a bata com a abertura para a frente, calçar as meias, calçar as botinhas para calçar no bloco, colocar a touca para segurar o cabelo, vestir o roupão e esvaziar a bexiga. Ir de chinelos até à entrada do corredor que dá acesso ao bloco e quarto de recobro, deixar os chinelos aí à porta.. ir para o quarto do recobro para colocar o soro e aguardar que me chamassem para ir para o bloco. Toda a gente é muito simpática, tal como foram na altura da minha 1ª FIV/ICSI ali, tanto enfermeiras, como auxiliares, são todas impecáveis e preocupam-se com o nosso bem estar.
Entretanto a 2ª menina que ia fazer FIV também entrou no quarto (que tem 2 cadeiras e 2 camas) para colocar o soro e levaram-me para o bloco.
Mais uma vez, prenderam-me as pernas por causa dos movimentos involuntários, amarraram-me os braços (pelos mesmos motivos) colocaram o medidor de tensão, o oxímetro e a monitorização do batimento cardíaco. Restava que a médica chegasse ao bloco para começar a "festa", pelo que decidi fechar os olhos e concentrar-me na minha respiração para ver se descontraia.
Chega a Dra Graça, a anestesista começa logo a dar a anestesia e o meu corpo começou a ficar dormente, a apagar-se, ainda faço um sorriso à Dra Graça que se senta à minha frente entre as minhas pernas abertas e puff, comecei a ver tudo zonzo e apaguei.


Acordei no quarto do recobro bastante cedo, eram umas 9.30 (havia lá relógio), a outra menina ainda não tinha regressado do bloco e um dos senhores que ia para o bloco a seguir estava a entrar no quarto, com o seu roupão turco amarelo (igual a um que eu tenho), para lhe colocarem o soro. Havia sempre gente (enfermeira ou auxiliar) a entrar no quarto para verificar como estava. Levantaram-me a encosto da cama, das costas, para o corpo ficar mais direito e depois da outra menina ter regressado do bloco e de o senhor ter ido para lá, passaram-me para a cadeira onde me serviram o pequeno almoço. Lá veio a bela da torradinha e do chá (eu estava esfomeada e comi tudo num instante). A cama onde eu estava teve a roupa trocada, feita novamente e levada para o bloco para trazer o senhor. Enquanto tomava o pequeno almoço, chamaram o próximo senhor, que ficou sentado na cadeira ao meu lado à espera que lhe colocassem o soro. Para os senhores, estavam a preparar saquinhos com gelo para porem nos tintins.

E pronto, depois do pequeno almoço tomado e de terem visto que eu estava ok depois de comer, lá me deram autorização para ir ao vestiário vestir a minha roupinha, com a ajuda do marido que já me esperava no corredor. Estava com algumas tonturas a andar, pelo que ia sempre apoiada em alguém, ao andar.
A seguir, tinhamos de esperar para ser chamada para eco, para a Dra Graça verificar se estava tudo bem, ser chamada pela enfermeira, para me retirar a agulha do soro (que ainda tinham mantido caso fosse preciso novamente, se me sentisse mal) e de sermos chamados pela bióloga que nos daria algumas informações sobre o material recolhido.

De mim, recolheram 12 óvulos e de acordo com o procedimento, será necessário verificar quais estão maduros e só esses são elegíveis para serem fertilizador. Dele, bem, teve uma colheita de 13 milhões! Ficámos boquiabertos com um valor destes, sobretudo depois de termos tido somente 70mil numa das ICSIs feitas e ter oscilado entre os 2 e os 6 milhões, e novamente 2 milhões. Mas a mobilidade baixou, não me lembro de qual foi o valor. Deve ter sido o efeito do Trental, que o meu marido toma há cerca de 2 meses, sob prescrição do Dr Tiago Rocha (andrologista dos Lusíadas) a título experimental, para ver se ajudava através da dilatação das veias. Parece que ajudou qualquer coisa, pelo menos na quantidade!

Próximos passos:
Agora aguardamos que amanhã a bióloga nos telefone a informar como correu o namoro dos óvulos com os espermatozóides e nos diga quantos embriões temos. Se tudo correr bem, deveremos regressar à MAC na 5ª feira. Vamos a ver...


sábado, 22 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: 5ª eco + análises

Fomos ontem mais uma vez fazer análises e eco.
Como sempre, tentamos chegar ao laboratório de análises entre as 7.30 e 7.45 para conseguirmos uma das primeiras senhas. Ontem o laboratório não tinha muita gente à espera, mas também não tinha pouca gente como apanhei na 5ª feira - estava cheio, mas não a abarrotar como já tenho apanhado. Tenho levado sempre comigo a injecção de Cetrotide para dar às 8h, na casa de banho do laboratório de análises. O Cetrotide é aquela injecção em que se precisa de misturar o líquido com o pózinho, com a agulha mais grossa, aspirar a mistura para a seringa, trocar para a agulha mais fina e depois injectar. Faço isto tudo no wc num instante e até seria capaz de o fazer ao pé-coxinho ehehehe!


Não apanhei a carniceira (thank God!) mas sim uma analista que verifica se já parou de sangrar ou não, troca a gaze (sim, agora na MAC usam gaze e fita adesiva em vez de algodão e pensinho) por uma que não esteja com álcool, tudo como deve ser para evitar um derrame de sangue e evitar a nódoa negra. Aliás, a picada de ontem já quase que não se nota, enquanto que as negras feitas pela carniceira ainda cá andam e continuam bem negras.
Subimos para a unidade de FIV, para ir à eco, onde perguntámos se tínhamos tempo de ir beber um cafezinho à cafetaria. Depois de dar o nome para indicar que já lá estamos, fomos então 5m à cafetaria. Aproveitei para fazer um xixizinho para ter a barriga vazia para a eco. Ao voltar, arranjámos um lugar perto da porta, onde me entreti a ler o livro que costumo levar comigo - já estava no último capítulo e acabei de o ler. Por isso, tenho de começar a ler outro livro para me entreter no dia da punção e dia da transferência.
Ler é uma actrividade muito relaxante e que ajuda bastante a passar o tempo, por isso recomendo que o façam sempre que tiverem de ir para um lugar onde sabem que vão ter de esperar, esperar, esperar....

Foi a Dra Graça que me fez a eco, mediu os folículos, que já estavam maiorzinhos com 15, 16 e 17mm mas tinha ainda alguns a caminho com 11 e 12 mm. A Dra ficou na dúvida se a punção havia de ser 2ª ou 3ª feira (3ª feira significa mais um dia de injecções, para deixar os folículos crescer mais), mas que depois a enfermeira me havia de ligar a dizer. Como perguntam sempre se temos medicação (para passarem a receita se for caso disso), eu pedi que me passasse a receita de dose individual de Puregon 100ui, porque se fosse necessário mais 1 dia de 100ui de Puregon (caso a punção fosse 3ªfeira) evitava estar a abrir a embalagem de Puregon 300ui e da qual iria sobrar imensa medicação (a embalagem de 300ui tem, na verdade, 400ui), que depois não poderia ser aproveitada. Depois de abrir uma embalagem de medicação, só se têm 28 dias para ser administrada, não se podendo preservar. A Dra compreendeu o meu ponto de vista e passou-me a receita, logo irei devolver a embalagem de 300ui intacta à MAC para que outras meninas a possam aproveitar em pleno. A Dra advertiu-me que esta embalagem de dose individual de Puregon não pode ser aplicada com a caneta de Puregon, mas sim com uma seringa para insulina (e teria de a comprar caso aviasse a receita).
E assim nos despachámos da MAC às 9.45 (desta vez despachámos-nos muito cedo) e fomos à farmácia buscar o Ovitrelle e a progesterona (o medicamento do qual não me lembrava o nome é o Progeffik) que tinham ficado encomendados.

Progeffik parece que é um novo medicamento de progesterona que existe em doses de 200mg, enquanto que o Utrogestan era de 100mg, o que faz com que sejam necessárias menos bolinhas de medicamento de cada vez (administradas via vaginal).

Depois de almoçarmos recebemos a chamada da enfermeira com as próximas instruções:

  • punção na 3ª feira (o que significa que é necessário mais um dia de Puregon)
  • hoje, sábado, administro o Puregon pela última vez
  • amanhã, domingo, é a última injecção de Cetrotide
  • amanhã devo ir ao laboratório de análises da MAC fazer análises (mas não fazer eco)
  • amanhã, administrar o Ovitrelle às 21.30
  • sexo só até amanhã: é preciso 2 (no mínimo) a 5 (no máximo) dias de jejum sexual para haver produção de novos espermatozóides, a serem colhidos no dia da punção, para com eles fazerem a fertilização.
  •  2ª feira é o dia de descanso das injecções. Comer chá e torrada às 23.30 e fazer jejum a partir dessa hora (jejum de líquidos e sólidos)
  • 3ª feira, estar lá na unidade de FIV às 8h. Não esquecer de levar robe, chinelos, meias (e 1 par extra de cuecas - depois vestem-nos enquanto estamos sedadas). Não levar anéis, brincos, lentes de contacto... não pôr perfumes nem cremes, nem levar as unhas pintadas.


Hoje de manhã ainda fui procurar a dose unitária de Puregon e esteve muito difícil de se encontrar. Hoje dei com o nariz na porta, da farmácia São Miguel (onde o farmaceutico me disse na 5ª que tinha em stock estas doses unitárias) porque só funcionam de 2ª a 6ª; depois fui à farmácia Nova Iorque (perto do centro da rotunda de Entrecampos, onde a enfermeira Belém - a espanhola - me disse que costuma haver medicação) mas não tinha esta dose unitária, só tinham a de 300ui; depois fui à farmácia onde desta vez tenho encontrado medicação onde também só tinham 1 dose e que estava reservada; depois fui a outra farmácia quase por baixo da estação de comboios de Entrecampos onde também não havia. Por fim, fui à farmácia do Hospital de Santa Maria (a tal que está aberta 24h e onde também já nos tinham aconselhado a lá ir quando não encontrássemos medicação à venda, porque costuma ter medicação em stock.
Foi nesta farmácia (que é enorme!), que fica ao lado das urgências do Hospital de Santa Maria que encontrei esta dose à venda! Também lá comprei a tal seringa para insulina, com agulha, para administrar esta dose, que vem num frasquinho e por isso não pode ser aplicada com a caneta Puregon.



Esta embalagem de Puregon 100ui, com o despacho do Estado que concede 69% de desconto, mais a seringa e agulha ficaram-me só em 14€. Acho que foi a medicação mais barata que comprei até hoje :)
Foi difícil de achar, mas assim sempre posso devolver a dose de Puregon 300ui à MAC, evitando estragar medicação.

3ª feira lá estarei, para recolherem os meus "ovinhos".


quinta-feira, 20 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: 4ª eco + análises


Mais um dia... hoje conseguimos chegar ao laboratório de análises às 7.30 e só tinha 2 pessoas à minha frente, com a senha normal (a senha azul). Depois chegam as outras que têm senha prioritária (a verde) porque vão fazer análises de glicémia e passam à frente. Disse no guichet que lá em cima me tinham dito que a FIV era prioritária, ao qual me responderam que já outras senhoras tinha dito o mesmo ontem, mas as funcionárias já tinham clarificar com o director, que disse que a FIV não tem prioridade. Transmiti a informação que me pediram e agora eles que se entendam!

Mas hoje nem estava lá assim tanta gente como nos outros dias e fui chamada num instante. Rapidamente seguimos para a unidade de FIV, para tratar da eco e só lá tinha uma pessoa à minha frente para a eco. "Cool!" pensei eu, "vamos despachar-nos depressa!" mas afinal não.
Fomos ambas chamadas à recepção para nos dizerem que hoje seria a Dra Teresinha a fazer as ecos e que ela estava em cirurgia, por isso teriamos de aguardar.
Fomos à cafetaria comer qualquer coisa, porque o ratinho já cá andava a roer no estômago, e comi um pastel de nata - adoro, adoro, adoro e adoro ainda mais o pastel de Belém. Mas este é parecido, marcha na mesma e mata a fome.

Voltámos à unidade de FIV. Como habitualmente, levo um livro para ajudar a passar o tempo de espera, e hoje o tempo passou mesmo num instante (e já vou no último capítulo do livro), fui chamada para a eco (para a qual se deve ir de bexiga vazia) e por isso ainda passei pelo wc antes, para garantir que a bexiga estava mesmo vazia - o último xixizinho tinha sido às 7 da manhã e já eram umas 10.30 ou 11. Não sei se já tinha mostrado como é feita esta eco: é uma eco vaginal, com uma sonda, para se fazerem as medições e contagem dos folículos. É tal e qual como esta:


A Dra Teresinha lá me fez a eco, onde se viu que no ovário esquerdo já tinha um folículo de 19mm, mas tudo o resto andava nos 14mm ou 15mm e alguns com 11mm e 12mm.
O útero já tinha 8 ponto qualquer coisa de espessura - o útero também tem um valor mínimo de espessura, a partir do qual se pode fazer a transferência dos embriões.

Como a enfermeira nos pediu que fossemos ao gabinete das enfermeiras quando tivesse nova receita de medicação, para vermos se haveria por lá medicação que pudesse ser doada (vinda de outras pacientes que já não necessitam dela e por isso doam-na) - é preferível doar do que deixar estragar - lá fomos ter com ela depois da eco. A enfermeira hoje era outra, também muito simpática, e deu-nos 1 embalagem de 300ui de Puregon (que na realidade tem 400ui, tem sempre mais 100ui do que o indicado na embalagem) e deu-nos 7 injecções de Cetrotide, com a condição de devolver as que sobrassem, para que pudessem ser doadas a outras pessoas. Foi outra vez muito bom este gesto da equipa de enfermagem, a quem deixo um muito obrigada.

Já tinha acabado hoje com o Cetrotide (as injecções da manhã) fazendo no total até agora 5 injecções de Cetrotide e já só tinha Puregon para mais 2x (tinha 200ui).
Depois fomos à farmácia comprar a progesterona (que antigamente era o Utrogestan - as bolinhas -, mas agora é outro, com outro nome) e como ainda não tínhamos receita para a última injecção, desta vez a receita incluia essa (já não me lembro do nome, acho que era o Ovitrelle). A farmácia S. Miguel não tinha nada em stock, nem Puregon caso precisasse e por isso voltámos à farmácia da Av. da República onde fomos da outra vez. Nesta havia Puregon em stock (interessava-me saber isto caso tivesse de comprar mais, visto que a receita incluia Puregon, podendo deixar a receita em suspenso), mas a restante medicação não havia. Foi encomendada e hoje ao fim do dia já lá estaria. Amanhã passamos por lá a buscar.

Recebi a chamada da MAC às 12.30 a dizer que devia manter a medicação e para lá voltar amanhã, para fazer outra vez eco + análises. Palpita-me que a punção será no início da próxima semana - hoje já foi o 10º dia de injecções.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: 3ª eco + análises

Hoje lá fomos, para mais uma sessão de espera no laboratório de análises (tenho a impressão que hoje ainda estava mais cheio que nos outros dias).

Chegámos às 7.45 e tinha à minha frente 20 senhas azuis (das menos prioritárias) e não sei quantas senhas verdes. Mesmo com tanta gente à espera, ainda consegui lugar sentada, porque as pessoas devem aproveitar para ir ao café tomar o pequeno almoço enquanto esperam.

Por falar em café, no sábado recebi o telefonema de um sr de um café ao pé da MAC, a dizer que tinha o meu nº de telefone num papel e o homem não desenvolvia a conversa. Eu já estava a pensar que tinha perdido algum documento da MAC, porque as folhas da MAC têm os nossos dados num autocolante, incluindo nº de telefone. Até que pergunto ao sr. "Mas o que é que se passa, o que pretende?" e ele aí desenrolou e disse "Tenho aqui o seu nº num guardanapo, julguei que queria que eu lhe ligasse". E eu, "não! não não! Há aí algum engano..." e o sr pediu desculpa e desligou. Está visto que ele queria um momento tipo Quagmire do "Family Guy". Como tinha combinado encontrar-me com uma amiga na MAC, na 6ª passada, acabei por saber que tinha sido ela que, para me ligar, escreveu o meu nº de tlm no guardanapo, para depois marcar o nº no telemóvel. LOL


Voltando às análises, desta vez calhou-me uma analista a quem eu chamo "a carniceira/the butcher", porque, apesar de ela ser simpática e tudo, é muito despachada, despachada até demais: sento-me, mete-me o garrote no braço, fura, tira a seringa e mete gaze com fita adesiva e.. next! Tudo isto muito rápido, nem diz para fazer pressão no "furo", nem verifica se já deixou de sangrar... nos Lusíadas até recomendavam não carregar a mala com o braço que foi picado, e levar sempre o braço para baixo, para não ir dobrado. E com isto tudo, tenho visto pessoas a chegarem à FIV com o braço ensanguentado a pedir para serem vistas pela enfermeira... pois... devem ter sido atendidas pela "carniceira" lá nas análises.

Para a eco, não demorei muito a ser chamada (ou então estive entretida com o livro que levei para ler - já estou perto do fim). Fui atendida pela Dra Sofia, que me mediu só alguns folículos que estavam em 11 ou 12mm. Estava outra vez muito simpática e até me disse para não me preocupar com a evolução lenta dos meus folículos porque com o meu caso tem de ser mesmo assim.
Saímos da MAC às 10.30 e cruzámos-nos no estacionamento com um casal amigo que tiveram a bebé deles na semana passada. A bebé é linda, linda, linda, muito fofinha! Só me apetecia dar-lhe muitas beijocas!


Depois de almoço, recebi a chamada da enfermeira a dizer para manter a medicação e para lá voltar na próxima 5ª feira. Pediu-me para dizer nas análises que as pessoas de FIV são prioritárias relativamente às grávidas, porque esta análise demora muito tempo a ser feita. Agora não sei se hei-de tirar a senha prioritária ou se basta dizer isto no guichet. Whatever.

domingo, 16 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: 2ª eco+análises

Na sexta feira lá estávamos nós na MAC novamente para fazer as análises, e subir à Unidade de FIV, para comunicar que as análises tinham sido feitas, tal como a Dra Sofia tinha dito para fazermos, porque ela tinha dito que não seria preciso fazer eco. E foi assim que fizémos e despachámos-nos da MAC em cerca de 1h - 1h30.

Perto das 14h, recebo um telefonema da enfermeira, a pedir-me para ir à MAC fazer eco, porque a Dra Graça tinha uma dúvidas. Pronto. Fiquei nervosa a pensar que algum valor das análises não estava bem e lá fui eu à MAC.
Quando lá cheguei, só tinha 1 senhor a ser atendido na recepção e não havia mais ninguém naquele corredor que está sempre cheio de gente. Lá disse na recepção que tinha sido ali chamada e disseram-me que já sabiam do que se tratava e mandaram-me aguardar. Passado um bocado, aparece lá a Dra Graça a pedir-me desculpa por me ter chamado, mas que de facto eu deveria ter feito eco naquele dia e que a Dra Sofia se tinha confundido com alguma coisa ao dizer-me para não fazer eco, porque só as meninas que fazem o Decapeptyl é que são dispensadas da eco nas primeiras idas.
Fiz a eco com a Dra Graça, onde ela mediu cerca de 6 ou 7 folículos em cada ovário com 7 a 8mm. Um deles já ia com 9mm e ainda tenho vários com tamanhos menores que 7mm. Parece-me que os valores e quantidades estão a ir bem, acho eu...

Ciclo ovariano

Por causa deste folículo mais avançado de 9mm, tive ordens para começar com o Cetrotide (o das 8h da manhã) hoje, domingo dia 16.
Amanhã é dia de eco e análises novamente.

5ª FIV/ICSI: O drama da compra de medicação

No outro dia esqueci-me de contar o quase drama pelo qual passámos para comprar as injecções.
Tínhamos saído da MAC com a receita para comprar o Puregon e que iria administrar nesse dia às 20h.
Fomos à farmácia S. Miguel em Entrecampos, onde habitualmente comprava a medicação e onde sempre encontrei em stock. Quando chegou a minha vez na farmácia, pedi a medicação e disseram-me que não tinham em stock e que, mesmo com encomenda ao armazém, não saberiam dizer quando chegaria. Fiquei em pânico, porque tinha de comprar aquela medicação.

Ora bem, a enfermeira tinha recomendado mais dois sítios onde poderíamos comprar a medicação: A farmácia Nova Iorque, mesmo na rotunda de Entrecampos, e a farmácia do Hospital de Santa Maria (que está aberta 24h por dia e fica ao pé das urgência).
Demos umas 2 ou 3 voltas à rotunda de Entrecampos e não vimos a farmácia por isso tomámos a decisão de ir a Santa Maria. Íamos pela Avenida da República, quando vi uma farmácia perto da capela e pedi ao marido para parar, para ir tentar a minha sorte. E não é que tive mesmo sorte? Ali havia a medicação! Comprei logo e deixei a receita em suspenso para poder lá ir buscar mais doses, caso sejam precisas.

Nesse dia comecei com o Puregon 100u.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: 1ª eco + análises

Foi no passado dia 11, que fomos à MAC fazer as análises e a eco, conforme nos foi solicitado.

Chegámos ao laboratório de análises da MAC já perto das 8h (a cama tem um íman que não nos deixa levantar), quando o plano era termos chegado às 7.45. Como o laboratório só abre às 8h, toda e qualquer antecedência com que consigamos chegar é essencial para que nos consigamos despachar. Como chegámos perto das 8h, já tinha à minha frente 20 pessoas (senha azul) e mais umas tantas de senha prioritária (senha verde), que está reservada para as análises de glicémia. Resultado: já só nos despachámos de lá às 9.30.


Seguimos para cima, para o PMA, onde fiz a eco com a Drª Sofia (que estava simpática) e receitou as injecções: Puregon 100u, para começar nesse dia à noite e ainda Cetrotide.
Julgo que esta 1ª eco seja para ver se existem óvulos e dar luz verde para se iniciarem as injecções. Sobre as análises, vi que eram para saber o nível de estradiol inicial.

Depois, disto tudo e como ainda não me tinham dito para fazer o ensino (com a enfermeira), tomei a liberdade de dizer na recepção do PMA que ainda não tinha feito o ensino. Não foi por causa de não saber como se faz, mas porque nos Lusíadas dão-nos as seringas e agulhas para dar as injecções da 2ª fase - as da 1ª fase são com caneta - e já não me lembrava como é que foi na MAC no ano passado: se também tinham dado ou se tinha comprado na farmácia. A recepcionista lá foi chamar a enfermeira para nos atender.
Veio a enfermeira espanhola (não sei o nome dela) que já conhecíamos, porque já nos tinha atendido no ano passado e é uma enfermeira 5 estrelas, sempre simpática e com toda a paciência para nos atender e explicar tudo o que há para explicar.


Ela perguntou se eu tinha a certeza de que a caneta de Puregon que tinha em casa, se funcionava, e como não a uso há bastante tempo, não consigo dar a certeza de que ainda estava boa. Deu-me uma caneta de Puregon nova, estojo novo, nova bolsinha de transporte e novo folheto onde apontar as doses diárias. Deu-me uma dica, que ainda ninguém tinha dado, sobre a bolsinha de transporte: pode-se colocar uma daquelas bolsas de gel congelado, daquelas que se usam para colocar sobre hematomas, dentro da bolsinha e colocar lá a caneta com a dose de Puregon, para usar quando tiver de estar ausente de casa na hora de injecção. Assim o Puregon fica conservado - tem de estar no frigorífico.
Depois informou que as doses de Puregon trazem sempre mais 100ui que o indicado na embalagem e que podemos contar com esses 100ui. Por exemplo: uma embalagem de 600ui trazem 700ui. Isto já sabia.


E a seguir veio uma surpresa: quando ela viu que as injecções da 2ª fase eram o Cetrotide, ela foi ao armário buscar 5 injecções individuais com o medicamento para me dar! Ela disse que as outras pacientes que já não precisam delas doaram esses medicamentos à MAC e por isso as enfermeiras oferecem em vez de deixar estragar.

Eu fiquei nas nuvens! Estas injecções são caras! Na folha da prescrição, que agora traz a indicação do preço da medicação, dizia lá que a embalagem de 7 unidades custava 180€!
Eu já tinha por hábito doar restos de doses, para poderem ser usadas no ensino a outras pacientes, na demonstração de como funcionam as canetas, e ainda cheguei a doar na MAC doses de Buscopan: tinham-me oferecido 1 supositório de Buscopan quando fiz o exame da histeroscopia - ninguém me tinha dito que eram necessário levar - e depois pediram-me que repusesse esse supositório quando lá voltasse. Quando fui repôr, ofereci quase a caixa toda.

Voltando ao ensino, depois a enfermeira demonstrou como se faz a mistura do Cetrotide: com a agulha grossa injecta-se o líquido dentro do frasquinho do pó, depois abana-se um pouco para o pó dissolver e depois puxa-se a mistura com a agulha grossa para dentro da seringa. Depois troca-se para a agulha fina, deita-se fora o ar, segurando a seringa com as 2 mãos para não se correr o risco de desperdiçar medicação, e então está-se pronto para injectar o líquido na preguinha de pele da barriga. Desinfecta-se sempre com alcool, a zona onde se espeta a agulha. Isto também já sabia, mas ficou claro como é a aplicação do Cetrotide: este medicamento já vem com as injecções preparadas com o líquido, tem o frasco do pó, já tem as agulhas, tem o toalhete com álcool, já traz tudo.



Depois informou sobre se aplica o Utrogestan, o tal das bolinhas de progesterona, que depois se aplicam em certo sítio aquando da altura da transferência dos embriões: colocar à hora de ir deitar e de manhã, levantar, fazer o xixizinho, voltar para a cama, colocar as bolinhas e depois repousar durante meia hora para fazerem efeito. Ok, isto também já sabia, mas não faz mal relembrar.
Ficou tudo claro e sem dúvidas.
Quando saímos da MAC já era perto do meio dia. Fomos almoçar ao h3, no CC Monumental, no Saldanha, e depois fomos trabalhar.

Agora o próximo passo é voltar à MAC amanhã, dia 14, para fazer análises, mas não é necessário fazer a eco. Basta ir ao PMA dizer que as análises foram feitas, para que depois as enfermeiras/médicas consultem o resultado e verifiquem se é preciso alterar a dose. Caso seja preciso alterar, depois as enfermeiras telefonam e avisam.

Por enquanto está tudo sobre rodas. Nesse dia dei a injecção do Puregon e tenho feito tudo com uma perna às costas. Já sei que não dói praticamente nada, sei como se fazem as coisas. Para não me esquecer da hora da injecção, programei os alarmes do telemóvel para dispararem às 19.30, para me lembrar de que é hora de ir para casa, caso ainda esteja no trabalho - o que é normal para mim ainda estar a trabalhar a essa hora - e para tocar novamente às 19.55, para que, em casa, vá ao frigorífico buscar o Puregon e vá para a casa de banho desinfectar a área a picar, e preparar a agulha na caneta de Puregon. Às 20h, estou a dar a injecção, como é suposto.



Já comecei a aumentar o consumo de vegetais e fruta (kiwis e ameixa - uso os potes de fruta da Compal para poder comer fruta no trabalho, sem sujar tudo) porque, por experiência passada, fico com prisão de ventre durante o período de injecções. Desta forma, o intestino funciona que é uma maravilha!


segunda-feira, 10 de junho de 2013

5ª FIV/ICSI: Dia 1, o dia de um novo início

Estamos no início de uma nova etapa, nova tentativa para alcançar o sonho tão aguardado.
Tal como combinado com a Dra Graça, no domingo dia 26 comecei a tomar 2 comprimidos de Provera por dia, durante 5 dias (terminando numa 5ª feira). Julgava que bastaria passar 1 semana desde esta 5ª feira para que o vermelhusco aparecesse (ameaçou aparecer com o aparecimento de um cor de rosinha muito esporádico), afinal resolveu aparecer 2 semanas após o início do Provera, precisamente no domingo.
Desta maneira, e como hoje é feriado, disseram-me para ir à MAC na 3ª feira, caso o dito cujo aparecesse no domingo. Havia um plano para todos os dias da semana! Se aparecesse na 5ª, para lá ir na 6ª, se aparecesse 6ª para ir no sábado, se aparecesse sábado, para ir sábado (porque a Dra ia estar de banco e atender-nos-ia), se fosse domingo, para ir na 3ª.... Pelo sim, pelo não, na 6ª feira passada liguei para confirmar o "plano" do fim de semana.
Por isso, amanhã será o 1º dia de muitos dias de análises, ecos, muito tempo de espera no corredor da MAC... nada de diferente do que já estou habituada, um pequeno sacrifício em prol de algo de muito bom.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

5ª FIV/ICSI: Consulta de Acerto na MAC

Nesta consulta, que foi na 2ª feira dia 20 de Maio, não houve razão de queixa para tempos de espera. Acho que não chamaram a horas, mas a espera não foi por aí além.


Fomos atendidos pela Drª Graça, que decidiu que faremos um ciclo curto (o último dia 1 do ciclo foi no passado dia 2 de Maio) com indução da descamação do endométrio (é uma espécie de menstruação, sem sem a parte do óvulo) através do Provera, quando estiver perto do 28º dia do ciclo. Como sou altamente irregular e dada a ciclos longos, é preciso provocar o aparecimento do Mr. Red, para iniciar o tratamento.
Por isso no próximo dia 26, domingo, irei começar a tomar Provera, 2 comprimidos por dia, durante 5 dias. Depois páro e aguardo o aparecimento do Mr. Red, que desta forma se prevê que apareça nos primeiros dias de Junho.
Quando aparecer, tenho de me dirigir à MAC entre o 1º e o 3º dia do ciclo, para fazer análises hormonais e fazer a eco, para ver como está o utero e ovários... receberei então a receita para comprar as injecções que começarão imediatamente!

Nesta consulta não nos foi passada a receita (seria de esperar que a recebessemos nesta consulta), porque a Drª ficou de analisar de havia de ficar com o Puregon ou Gonal...
Ah, e levámos as análises genéticas (ficaram lá com uma cópia anexada ao processo) sobre as quais a Drª conseguiu descansar os meus pensamentos. Então é assim: sobre os anticorpos antinucleares, disse que tenho eu e têm metade das mulheres portuguesas e não é por aí que a coisa não pega. Sobre as trombofilias, disse que este tipo de trombofilias não requerem qualquer tipo de profilaxia durante uma gravidez.

Por isso, está tudo ok para se avançar para a FIV/ICSI! Let's go!


quarta-feira, 15 de maio de 2013

5ª FIV/ICSI: Consulta de Anestesia na MAC

Esta é a minha 2ª FIV/ICSI que estou a fazer na MAC, ou seja, é a 5ª a contar com as FIV/ICSIs feitas no privado.

Depois de termos feito as análises na semana passada (eu: análise ao sangue e urina, ele: análise ao sangue) a consulta de anestesia serve para o (neste caso, a) anestesista verificar se estou bem de saúde para receber a anestesia no dia da punção. Nesta consulta não é necessário o marido estar presente, mas faço questão que me venha dar apoio, tanto no transporte para a MAC, como para ajudar a passar o tempo de espera, e ele faz-me a vontade :)

Estávamos marcados para as 9.30 e chegámos um bocado antes da hora (com o trânsito da manhã, nunca se sabe). Depois de muito esperar, fomos chamados pela enfermeira já deviam ser umas 11h. A enfermeira pesou-me, mediu a tensão, tomou anotações... alertou que se tivéssemos dúvidas relativas ao tratamento que as devemos colocar, à qual respondemos que não temos dúvidas porque já temos experiência nestas andanças (infelizmente). Ela desejou-nos muito boa sorte e disse que há-de ser desta, porque a MAC anda com umas taxas de sucesso elevadíssimas! Pode ser que seja apanhada nessa onda de sucesso...


Depois disse-nos para aguardar, porque depois iria ser atendida pela anestesista.
A anestesista estava em cirurgia e demorou muito tempo a aparecer (apareceu no corredor alguém a informar os casais que esperavam por ela, que só lá para as 12h30 é que ela estaria ali). E toda a gente desesperou com a espera... mas no público já sabemos que é assim e estamos conformados com isso. Sabemos que no público, a espera está sempre presente e que os médicos são poucos e que se desdobram para acudir a toda a gente. Temos de lidar com isso e resta-nos esperar.
Ele gastou a bateria toda do telemóvel e eu quase que gastei a minha, de tanto o utilizar para nos entretermos. No passado, eu levava 1 livro para ler, enquanto esperava, e tenho de recuperar esse hábito.

Quando finalmente a anestesista chegou (à hora prevista de 12.15) e começou a chamar os casais (éramos logo os primeiros) ela pediu imensa desculpa pelo atraso, mas era a única forma de nos atender e meter o processo a andar, e eu sempre lhe disse que não fazia mal termos esperado e que o importante era que fossemos atendidos. Depois ela fez as perguntas da praxe, se fuma, se bebe, se tem próteses, se usa lentes de contacto (eu uso - não se podem levar para a punção), se tem doenças, se já levou alguma vez anestesia, que medicação toma... enfim, tudo o que ela precisa de saber para avaliar os riscos de uma anestesia. Depois ainda me auscultou o coração e os pulmões e ainda.. pediu-me para deitar a língua de fora e ver a minha garganta (coisa que os médicos já não me faziam desde que era criança). Aprovada para a anestesia!

Próximos passos: no próximo dia 20 é a consulta de acerto, onde será prescrito o protocolo a seguir, assinar os consentimentos, e onde vamos receber as prescrições para comprar as injecções.
Espero que em Junho já esteja a fazer as picas (lá se vão as férias, mas é por uma boa causa)

domingo, 12 de maio de 2013

Botinhas de Crochê... que ternura!

Já tinha visto esta imagem uma vez e deixei-a escapar, não a guardei...
Vi-a hoje novamente no Facebook e aqui estou eu a guardá-la, para que um dia quando tiver uma menina, possa pedir para me fazerem botinhas destas! Adoro as da Hello Kitty e todas as outras também são uma fofura!


quinta-feira, 9 de maio de 2013

2ª FIV/ICSI na MAC: Fui chamada!

Anteontem recebi uma chamada quando me estava a preparar para ir almoçar: era da MAC!
Perguntaram se ainda estava interessada em fazer a 2ª FIV/ICSI lá na MAC, à qual disse prontamente que sim, e ficaram logo agendadas as consultas de anestesia e de acerto para ainda este mês! Fiquei nas nuvens!


Ontem o maridão foi lá buscar a prescrição das análises para ambos e que já fizémos hoje de manhã.
A consulta de anestesia será já na próxima 3ª feira dia 14, e a consulta de acerto será no próximo dia 20.
Vem tudo a calhar, sobretudo porque o meu ciclo ultra-longo fora do normal e que durou 4 meses (o último dia 1 do ciclo tinha calhado pelo Natal), reiniciou no passado dia 2 de Maio.
Se tudo correr como espero, Junho será o mês de novo tratamento :)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Resultado dos testes genéticos

No final de Janeiro tínhamos feito testes genéticos, a nosso pedido, nos Lusíadas.
Só agora no final de Março é que lá fomos levantar os resultados, porque neste momento não temos pressa em obter resultados, visto que continuamos à espera da chamada da MAC.

Cadeia de DNA

Com o meu respectivo, os testes genéticos estão todos ok. Mas os meus não.
Tenho uma alteração genética, associado às trombofilias. Para além disso, tenho um teste positivo que detecta a presença de anticorpos antinucleares (ANA), também conhecidos por factor antinuclear (FAN).

O que significa isto?
A trombofilia é a propensão a desenvolver tromboses (coágulos sanguíneos) devido a anormalidades no sistema de coagulação.
Na gravidez a trombofilia pode resultar em abortos, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, deslocamento precoce da placenta entre outras complicações.

Sobre os anticorpos antinucleares , achei a seguinte informação:
"If you are having troubles getting pregnant but don't know why, it may be a result of your immune system. Many women have anti nuclear antibodies in their bloodstreams, which makes pregnancy difficult. Having an anti-nuclear antibody screen could give you insight into your fertility difficulties.
It is thought that anti nuclear antibodies cause inflammation in the uterus and placenta, contributing to miscarriage and implantation failure. These antibodies particularly affect IVF and ICSI treatments, with studies showing that women with high levels of anti nuclear antibodies generally have lower than expected pregnancy rates."

ou seja, o meu sistema imunitário reage contra o embrião.

Bem, isto explica porque é que as FIV/ICSIs não estão a resultar... levarei estas informações para o próximo tratamento e vamos a ver o que se faz.

sábado, 2 de março de 2013

À espera da 2ª FIV/ICSI na MAC

No mês passado mandei email para a MAC, a perguntar qual seria a previsão para ser chamada para a 2ª FIV/ICSI na MAC (a minha 5ª FIV/ICSI no total, contando com o privado), visto que em Abril faz 1 ano desde que lá fiz a FIV/ICSI.
Por lei, o Estado concede 3 tratamentos a um casal, em anos diferentes.

Disseram-me que se foi em Abril de 2012 que lá fizémos tratamento, então não tarda seremos chamados para a consulta... ainda estamos em modo stand-by à espera do contacto para a consulta.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"A incerteza do futuro" em Repórter TVI

No passado dia 21 de Janeiro, o "Repórter TVI" apresentou uma reportagem sobre o problema que afecta 15% dos casais portugueses em idade reprodutiva.

Vale a pena ver.
Disponível no site da TVI.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Nova estapa: Desmame do antidepressivo




Na semana passada fomos fazer as análises genéticas, que descobrimos que não são comparticipadas pelos seguros, que pedimos para serem feitas ao Dr. dos Lusíadas.
As minhas (cariótipo + trombofilias) ficaram em perto de 300€ e as dele (cariótipo) em 150€.
Como temos o cartão HPP Saúde Identificação, ficámos com 10% de desconto, tal como nos é feito quando fazemos a ICSI (que também não é comparticipada pelos seguros).

Cartão HPP Saúde

Entretanto dei um passo, que me está a custar bastante, que é o desmame da paroxetina, de um antidepressivo que já tomo há anos (por causa de ataques de pânico/crises de ansiedade - medo irracional, dos quais sofro desde a adolescência), sobre o qual sou acompanhada medicamente por um especialista. Uma amiga, pedo-psiquiatra, disse-me que pode ser o antidepressivo que esteja a causar o insucesso, porque não é recomendado tomar-se em caso de gravidez, embora nos Lusíadas e MAC tenha informado sempre que o tomo e me dizerem que não faz mal nenhum. O especialista que me acompanha também me diz que não faz mal nenhum tomar a Paroxetina.

Comprimido maravilha de Paroxetina

Mas a wikipedia confirma o que a minha amiga me disse sobre a Paroxetina, (e também o confirma a bula do medicamento) e, passo a citar:
Não deve ser administrado durante a gestação. Estudos conduzidos pelo FDA alertam para um possível risco de malformações congênitas de fetos em mulheres grávidas submetidas ao tratamento por paroxetina. Embora outros estudos não confirmem esses riscos o uso do fármaco não é recomendado durante a gestação.

Por causa do desmame ando super-sensível e vou-me abaixo.
Mas quero ver se a culpada do insucesso é a paroxetina ou se é mesmo a falta de sorte.

Obrigada a quem me atura neste meu "dark side".