terça-feira, 26 de maio de 2015

17ª Semana de gravidez: suplemento de ferro

Já tinha lido no livro que comprei sobre a gravidez, que é normal as mulheres tomarem um suplemento de ferro no 2º trimestre da gravidez (com a gravidez, o corpo fica com carência de ferro, podendo levar a anemias), mas eu ainda estava a tomar somente o suplemento de ácido fólico (Folicil). Na semana passada, quando fomos à consulta da MAC, a Dra disse-nos para substituir o Folicil pelo Folifer, porque o Folifer é o suplemento quem tem ácido fólico e ferro. O Folifer tem 90 mg de ferro (sob a forma de sulfato ferroso seco) e 1 mg de ácido fólico.

Folifer
Folifer

É preciso tomar sempre o ácido fólico durante a gravidez e até se aconselha que se tome pelo menos 3 meses antes de se começar a tentar engravidar, porque previne a má-formação do embrião/feto/bebé. Como queremos que corra tudo bem, eu já ando a tomar ácido fólico há anos (desde o início). As minhas reservas de ácido fólico devem estar bem cheias, mas não há problema em ter ácido fólico em excesso, porque o corpo elimina o que não precisa.

Comecei no início da semana a tomar o Folifer, em jejum tal como recomendado, e até agora não estou a sentir efeitos secundários. Temia que me causasse vómitos (mais não!), porque tem-me sido relatado por algumas pessoas que tiverem esse efeito secundário, mas existem alternativas para quem não conseguir tomar o Folifer, precisamente por causa dos efeitos secundários:

  • Ferrum Hausmann - mastigável, pode-se tomar sem água e sabe a chocolate; é só suplemento de ferro, que se tem de complementar com o suplemento de ácido fólico (o Folicil). Tem 100 mg de ferro, sob a forma de 357 mg de complexo hidróxido férrico-polimaltose.
  • Ferrum Fol Hausmann - versão deste suplemento de ferro, com ácido fólico - é o mais indicado. Tem 100 mg de ferro, sob a forma de 357 mg complexo hidróxido férrico-polimaltose e ainda 0.35 mg de ácido fólico.
  • Ferro Tardyferon - suplemento de ferro (80 mg de ferro sob a forma de sulfato ferroso)
  • Ferro Tardyferon Fol - versão deste suplemento de ferro (247.25 mg de sulfato ferroso), com ácido fólico (0.35 mg)

E vocês, que suplemento de ferro tomaram? Sentiram efeitos secundários?

quarta-feira, 20 de maio de 2015

16ª semana de gravidez: confirma-se que vem aí um Menino e...

Hoje foi dia de eco e consulta na MAC, mais uma das consultas de Alto Risco (devido à gravidez gemelar). Estava preocupada por hoje ser dia de greve do metro, e tinha receio de haver imenso trânsito a entupir os acessos à capital. A eco estava marcada para a 10h, mas felizmente chegámos meia hora antes e não nos atrasámos. Aproveitámos e fomos à recepção das consultas de alto risco, dizer que já lá estávamos e que só estávamos à espera que a eco fosse feita. Foi isto que vi as outras grávidas fazerem, quando lá estive da primeira vez e é assim que garantem a vez, porque aquelas consultas parece que funcionam por ordem de chegada, a partir das 8h30, segundo nos foi dito quando marcámos lá a primeira consulta. A eco atrasou um pouco, mas nada do outro mundo, e às 10h20 já estava deitada na marquesa, de barriga para o ar, pronta a ver os gémeos no ecógrafo.

Desta vez o ecrã estava virado para mim, e pude ver tudo desde o início até ao fim. Começámos logo com uma boa notícia: começámos por ver a menina... "a menina?" "sim, a menina, não sabia?'" "não, não sabia, mas estava desejosa de saber" e foi assim que ficámos a saber que um dos bebés é uma Menina! E depois passámos para o menino, que se confirma e não se tem dúvidas. Até teve direito a um highlight da pilinha. Uma lagrimita escorreu-me pelo canto do olho, ao ver os dois bebés tão saudáveis e dentro das medidas normais. Um casal maravilha! Por acaso até correspondia às minhas preferências, era o que eu gostaria que fosse, mas se fossem os dois do mesmo sexo também não ia ficar triste!

é um menino e uma menina
É um menino e é uma menina!


Depois passámos para a parte da espera nas consultas de alto risco. Pouco tempo depois, sou chamada ao gabinete CTG, mas apenas para fazer o registo do peso e tensão arterial. Tudo ok com a tensão e o peso continua igual. Pudera! Com os vómitos todos que passei e com a dieta da diabetes gestacional, não deu mesmo para ganhar peso. Depois de ter passado pelo gabinete das enfermeiras para estas medidas, é que vem a longa espera pela consulta.

Como é uma consulta de gémeos e só há uma especialista de gémeos, significa que não podemos ser atendidos pelas outras médicas que estão a atender as restantes grávidas de alto risco.  É uma longa espera. Até levo os vários lanches da manhã para ir comendo, para não ficar mais de 2h sem comer - regra do controle dos diabetes - mas a espera vale sempre a pena, porque é por uma boa causa. Durante a nossa consulta, a recepcionista apareceu a pedir a ficha de outro casal, que se queria ir embora e não queria esperar mais (e já tinham anotações na ficha deles, faltas a outras consultas e a ecos pelos mesmos motivos - não querem esperar). Eu sei que é chato esperar, esperar várias horas, mas é pela saúde dos bebés que o fazemos e é por eles que esperamos. Até agora a dra tem mostrado ser competente (detectou os diabetes, embora no limite inferior do que se considera diabetes gestacionais) e interessada (perguntou se tinha ido à nutrição - como ela me tinha dito na consulta anterior -  e quis saber como estavam os valores dos diabetes). Disse-me que quando acabar o Folicil, vou passar a tomar Folifer (suplemento de ácido fólico e ferro) e que já não preciso de tomar Nausefe, porque as hormonas que provocavam os vómitos já cá não estão. Ok, vou experimentar deixar de tomar Nausefe progressivamente, para ver se não me faz mesmo falta. Já não vomito há 2 semanas, por isso pode ser que sim.

As minhas dúvidas colocadas durante a consulta foram...
Posso fazer exercício? Isto porque me ando a cansar muito rapidamente, subo escadas e fico ofegante. A resposta é não. Não podemos facilitar que possa ocorrer um parto prematuro e por isso é preciso estar quietinha e não fazer nada de esforços. Nem fazer caminhadas de 30m. Pronto, passa a ser o J a ir passear o cão, porque eu fazia disso uma mini-caminhada de meia hora, com o cão. Segundo consta e a dra disse que há estudos sobre o assunto, as mulheres que têm gémeos têm maior probabilidade de ter um parto prematuro (isto já sabia, o corpo não aguenta) e as que vêm da FIV ainda têm um risco acrescido de parto prematuro, porque costumam ser mulheres mais activas (e daí a dificuldade em engravidar). Por isso recomenda-me descanso (mas não disse nada sobre eu estar a trabalhar, e eu também não me lembrei de perguntar).

Como estamos numa altura em que o calor já espreita e já sabe bem ir à praia, posso ir à praias? Ou o calor da praia também não é aconselhado? Resposta: posso ir à praia, mas fora das horas de calor. Pronto, ou se vai de manhã ou ao fim do dia.

Estou constipada, o que posso tomar para a constipação? Resposta: Ben-u-ron, Aspegic e Bissolvon.

Fiz ainda uma citologia durante a consulta, que foi para análise, fiz a medição do perímetro abdominal e recebi uma folha com o planeamento das consultas e ecos até às 37 semanas! Ainda tenho 11 consultas pela frente até lá, e mais 3 ecografias. Já ficou tudo marcado!

Até agora já lá fiz as ecos de...

  • o equivalente às 0 e 1 semanas - monitorização da ovulação e da espessura do útero (endométrio)
  • o equivalente às 2 semanas - momento da transferência dos 2 embriões, para o útero (vi os 2 pontinhos luminosos!)
  • 7 semanas - confirmação da gravidez e descoberta de serem gémeos
  • 12 semanas.- DPN (Diagnóstico Pré-Natal) para despiste das trissomias, com a medida da translucência da nuca e confirmação de presença do osso do nariz
  • 16 semanas - hoje! para acompanhamento da gravidez de alto risco - descoberta do sexo dos bebés

A próxima eco, será a eco morfológica.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Resumo do 1º trimestre: os medos de uma grávida


Ando calma com a gravidez, feliz por estar tudo a correr bem os bebés, embora comigo vá tendo alguns percalços (os vómitos constantes e a diabetes)
Resumo dos medos que senti até agora, durante o 1º trimestre da gravidez.

medo
O medo espreita por aí...
Senti:

  • o medo de ser mais um negativo no beta HCG (teste de sangue para detectar a gravidez), tendo ficado surpreendida pelo positivo que vi pela 1ª vez na vida.
  • o medo de o 2º beta HCG de confirmação da gravidez (2 dias depois do 1º) revelar uma gravidez bioquímica, mas felizmente revelou ser uma gravidez evolutiva.
  • o medo, de não se ver nada na 1ª ecografia às 7/8 semanas, mas afinal até tivémos a surpresa de aparecerem os 2 embriões com o coraçãozinho a bater!
  • o medo, de algum deles ser portador de uma trissomia; medo afastado com a realização do teste Harmony
  • o medo, de algum dos gémeos parar de se desenvolver (fui alertada para essa possibilidade aquando da 1ª eco), mas os 2 continuam por cá e em desenvolvimento semelhante.
  • o medo de terem algum desenvolvimento anormal... vamos ver com a eco morfológica, mas na eco das 12 semanas estava tudo ok.


Acho que os medos nunca acabam... mesmo depois de eles nascerem.

Sinto medo, mas tento não pensar muito nisso e prefiro acreditar que tudo está bem.

sábado, 16 de maio de 2015

15 semanas de gestação: Diabetes quase controlados

Esta semana tive mais uma consulta de nutrição na MAC, onde se avaliaram os valores que registei das picagens. A primeira vitória é ter conseguido que os valores da manhã estejam dentro do normal. Yey!! Confirma-se assim que era mesmo de estar mais de 8h sem comer (enquanto dormia). Estando a acordar à meia noite para comer e ao comer novamente às 8 da manhã, consigo que a glicémia não dispare que nem uma doida (a hiperglicémia, da qual já falei no post anterior, sobre diabetes gestacional).

O único problema neste momento é a hipoglicémia (valores demasiado baixos de açúcar no sangue), registada nas picagens após o almoço e jantar, e conseguimos descobrir uma possível causa. Quando me é dito na folha da dieta, que só posso comer, como acompanhamento, 4 colheres de sopa de arroz ou 4 colheres de sopa de massa, as colheres devem ser medidas cheias e não rasas. Ora, eu andava a medir as colheres de sopa rasas, que é como devem ser medidas na culinária quando se segue uma receita. Na culinária, quando dizem 1 colher de sopa de farinha, enchemos a colher de sopa e depois passamos com uma faca para nivelar a dose e assim fazer a medida de uma colher de sopa rasa. Por isso, ando a comer hidratos de carbono a menos do que era suposto. E sentia fome quando acabava de comer, sentia que ainda comia mais, parecia que a refeição tinha ficado a meio, não estava saciada. Pois é... e andava mesmo a comer menos quantidade do que devia. Até as calças de grávida que comprei no início da gravidez já me ficam largas, a cair, ando sempre a puxá-las para cima, sinal de que estou a perder peso/volume com a dieta dos diabetes gestacionais e não devia!
Já ando a cumprir com a ordem de medir os acompanhamentos com as colheres de sopa cheias e pelo que tenho visto nos resultados das picagens no dedo, os valores já estão melhores.

Os meus dedos, coitados, estão cheios de furinhos na pele, destas 4 picagens diárias para controlar a glicémia, mas pronto, é um pequeno sacrifício que uma mãe faz pelo bem dos seus filhos. Lá diz o ditado, "o que tem de ser, tem muita força"!

dedos picados diabetes
Os meus dedos bem picadinhos, por causa do controlo da diabetes gestacional.

Fiquei a saber uma coisa engraçada nesta consulta de nutrição.
Parece que os fetos (termo médico utilizado para designar os bebés durante a gravidez) já andam a engolir líquido amniótico e o sabor de tudo o que nós comemos passa para o líquido amniótico. Por exemplo, se comer queijo, o sabor do queijo passa para o líquido amniótico e os fetos vão sentir esse sabor quando engolirem o líquido amniótico. Tal como acontece durante a amamentação: tudo o que a mãe comer, o bebé também irá saborear através do leite materno. Interessante, hein? Isto significa que devo variar o máximo de sabores possíveis, em frutas, vegetais, no que me for permitido comer durante a gravidez, para que quando os bebés estiverem na fase da inserção de novos alimentos na sua alimentação, reconheçam o sabor e não rejeitem os alimentos. E parece que há estudos comprovados sobre o assunto, sobre a memória destes sabores sentidos pelos bebés enquanto estão no ventre materno.

Outra coisa que vos queria contar é que já pareço que estou no grupo dos alcoólicos anónimos, mas na versão "vomitadoras grávidas anónimas": Olá, sou a Ana e já há 2 semanas que não vomito. Wohu!! As náuseas ainda não desapareceram totalmente, ainda tomo o Nausefe (1 à noite, 1 de manhã). Já experimentei reduzir mais um pouco a dose do Nausefe (com permissão médica, claro) e não tomar Nausefe à noite, mas durante o dia seguinte andei todo o dia enjoada, por isso vou continuar a manter o Nausefe até mais uns tempos, para mais tarde ir experimentando se já não me faz falta.

Para a semana virá a eco das 16 semanas na MAC, no âmbito das consultas de Alto Risco. Estou em pulgas para começar a sentir os bebecas, acho que é por volta desta altura que se começam a sentir. Li que é entre as 17 e as 20 semanas para uma gravidez normal, mas para gravidezes gemelares começa-se a sentir mais cedo. De vez em quando sinto umas pontadas na barriga, mas nada de dores, senão já tinha ido à urgência ver o que se passava. Pela descrição que me fizeram de como é começar a sentir um bebé a mexer (descrições que ouvi: parecem asinhas de borboleta a bater levemente; parecem gases retidos; parece que os intestinos andam às voltas), mas acho que ainda não é isso, mas pode ser que esteja enganada e estas pontadas sejam eles, uns autênticos lutadores de Kung Fu já a treinar no meu ventre. Provavelmente o que sinto, devem ser os ligamentos da barriga a esticar e sim, esta semana a minha barriguinha já começa a parecer uma barriga de grávida, bastante mais saliente (que orgulho!). Só noto ao olhar-me ao espelho e do que as outras pessoas me dizem, porque ao olhar de cima para baixo, não noto nada de diferente na barriga, pronto, noto nas mamocas que estão maiores e nem todos os soutiens que tenho me servem, mas queria evitar gastar dinheiro em soutiens que me vão servir muito temporariamente, prefiro comprar somente os soutiens de amamentação lá mais para a frente. Temos de ser práticas e racionais, poupar onde se pode poupar e evitar gastos desnecessários, porque quando eles nascerem, vai ser preciso muito €€ para tratar de tudo a dobrar. Berços a dobrar, roupinhas a dobrar, fraldas descartáveis a dobrar, papas a dobrar... nem quero pensar muito no assunto, mas tudo se há-de resolver.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

14 semanas de gestação: diabetes gestacional

dieta
Em dieta, aufffff!

Fui diagnosticada com diabetes gestacional nas análises de rotina do 1º trimestre, das 12 semanas. O valor da glicémia em jejum era de 92 naquele dia, e 92 é o valor em que já se considera que uma grávida tem diabetes gestacional.

A diabetes gestacional é uma patologia temporária, na qual em 98% dos casos desaparece depois do parto, mas que acarreta alguns riscos para o bebé, no meu caso bebés no plural, visto que a insulina produzida pelo meu pâncreas não é suficiente para regularizar os níveis de açúcar que circulam no meu sangue, precisamente por causa das hormonas da gravidez que desregulam o corpo. E isto faz com que o meu sangue fique com açúcar a mais, a chamada hiperglicémia, e isto não é bom porque...

  • os bebés ganham peso a mais, o açúcar passa também para a corrente sanguínea deles, o que complica o momento do parto
  • o mini pâncreas deles fica em esforço em tão tenra idade, para tentar produzir a insulina que eles precisam para regularizar os níveis de açúcar no sangue deles, que também têm em excesso vindo do meu sangue - isto faz com que no futuro venham a ter problemas sérios de diabetes.
  • os bebés podem ter um crise de glicémia ao nascer, visto que com toda a insulina que produziam antes do parto, ao nascerem ficam com insulina a mais e açúcar a menos, porque deixam de receber o açúcar no sangue vindo da mãe.
  • ao vigiar os diabetes, tendo uma dieta especial para controlo do diabetes e efectuar as várias picadas no dedo para medir os níveis de glicémia, estou a prevenir que no futuro venha a sofrer de diabetes crónica, visto que estou a evitar que o meu pâncreas esteja em esforço na produção de insulina (que é insuficiente) até ao parto.


No meu caso, não tinha sintomas nenhuns de que estava a sofrer de diabetes gestacional, e só foi possível diagnosticar com a medição do nível de glicémia em jejum, no entanto, podem vir a ser sentidos os seguintes sinais de alerta:

  • sede intensa e boca seca
  • cansaço
  • vontade frequente de urinar (dizem que as grávidas passam a vida na casa de banho, mas eu até agora continuo com a minha frequência de xixi normal)


Ontem tive a consulta de nutrição, depois de 2 semanas em dieta especial para grávidas diabéticas, e pelo registo dos valores de glicémia e anotação das horas e alimentos ingeridos diariamente, foi possível ver que aquela dieta não estava a ser adequada para o meu estilo de vida (conciliar com os horários de trabalho/horas de refeição/horas de dormir). Foi observado que os meus valores de glicémia em jejum estavam acima do valor em que deveriam estar (até 90 era o desejável), assim como os valores medidos 1h após o pequeno almoço (após refeição, o valor não deve ser superior a 120). No entanto, os valores medidos 1h após o almoço e 1h após o jantar estavam muito baixos (não podem ser superiores a 120 mas também não podem ser inferiores a 100). Conclusão: estou com hiperglicémia em jejum e após o pequeno almoço, mas entro em hipoglicémia após o almoço e jantar, o que também não é bom.

Quando o nosso corpo atinge um valor mínino de hipoglicémia (valores baixos de glicémia) e que depende de pessoa para pessoa, o nosso corpo desencadeia um mecanismo de stress metabólico, destruindo outras células, como o tecido muscular, para gerar energia - açúcar - para conseguir alimentar o nosso cérebro - o nosso cérebro é alimentado a açúcar e sem açúcar, o cérebro morre, e como consequência, temos casos de morte. Por isso o nosso corpo precisa de açúcar no sangue em doses q.b. Quando o corpo entra neste modo de stress metabólico, o açúcar gerado torna-se resistente à insulina. E aqui aparece a justificação para os meus valores elevados em jejum. Como após o jantar os meus valores já eram baixos, e como passava mais de 8h sem comer (visto que tenho sono cedo e durmo imenso), o meu corpo entrava nesse modo de produção de stress para gerar açúcar, ficando elevado demais. A solução para este problema passou pela alteração da dieta, com um pouco mais de consumo de hidratos de carbono e de proteínas, e a alteração passou por fraccionar ainda mais as refeições, para evitar as mais de 8h sem comer. Se à meia noite já estiver a dormir, tenho de acordar para comer. Se às 8 da manhã ainda estiver a dormir, tenho de acordar para comer.

As regras básicas são: não estar mais de 8h sem comer, não estar mais de 2h sem comer; a quantidade de hidratos de carbono ingeridos é limitada e contada, tenho carta verde para comer vegetais à refeição, ingestão de proteínas em doses maiores que as da dieta anterior. O meu prato tem de parecer o símbolo da Mercedes: 1/3 de vegetais, 1/3 de hidratos de carbono e 1/3 de proteínas. Caminhar após as refeições é aconselhado, porque estimula a produção natural de insulina.

Basicamente os meus horários que me foram definidos pela nutricionista, em que tenho obrigatoriamente de comer, são às:

  • 8h - metade do pequeno almoço
  • 9h - a outra metade do pequeno almoço
  • 11h - lanche a meio da manhã
  • 12h30 - sopa
  • 13h30 - prato principal
  • 14h30 - fruta + bolacha
  • 16h30 - lanche
  • 18h30 - outro lanche
  • 20h - sopa
  • 21h - prato principal
  • 22h - fruta + bolacha
  • 24h - ceia


E como é que me lembro destas horas todas? Meto alertas no telemóvel. O meu telemóvel passa o dia a tocar, para me lembrar que está na hora de comer. E ainda tenho à minha frente uma cópia da dieta, para me lembrar quais os alimentos que posso comer em cada altura.

horas de comer
Já está (outra vez) na hora de comer!

Aproveitei para esclarecer umas dúvidas que tinha, e para as quais não encontrei solução nos fóruns, porque uns dizem de uma maneira e outros de outra, e que são:

Tenho de picar o dedo em jejum, 1h após o pequeno almoço, 1h após o almoço e 1h após o jantar.
Por isso, tenho de picar o dedo 1h após o fim da refeição ou 1h após o início da refeição?
Resposta: a picagem efectua-se 1h após o início da refeição. Quando se começa a comer, marca-se a hora e é dali a 1h que se faz a picagem, independentemente do tempo que se demorar a comer.

Como o meu almoço/jantar é fraccionado em 3 partes, comer 1h antes a sopa, comer o prato principal e 1h depois a fruta com bolacha, o que se considera que é 1h após a refeição para a picagem? 1h depois da fruta ou 1h depois da refeição principal?
Resposta: faz-se 1h após o início da refeição principal, ou seja, faz-se a picagem e só depois é que se come a fruta com a bolacha.

Vá lá que andei a fazer isto certo, mas tinha de esclarecer as dúvidas com a nutricionista, caso andasse a fazer mal.
A próxima consulta de nutrição é na próxima semana, para se avaliar como reage o meu corpo à nova dieta, visto que nem toda a gente reage da mesma maneira aos mesmos alimentos.

ps. os enjoos quase que parece que estão a ir embora, mas ainda não foram. Agora só tenho vomitado ao fim de semana (mesmo tomando Nausefe já em dose mais reduzida - 1 à noite e 1 de manhã)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

13 semanas de gravidez: será que acabaram os enjoos?

Ena, já estou nas 13 semanas de gestação, o que quer dizer que entrei no 2º trimestre. O tempo passa mesmo a correr, mas eu estou desejosa por chegar à fase de começar a sentir os bebés a mexer. Acho que aí sim, é que me vou começar a sentir uma grávida.
Neste momento já tenho uma barriguinha bem acentuada por baixo do umbigo. Eles estão lá a morar nessa zona nobre, cada um no seu pequeno T0 individual, não é verdade?

13 semanas de gravidez
Cada um dos gémeos tem neste momento um desenvolvimento deste género, de 13 semanas de gestação.

Mas vamos passar para uma notícia muito boa: no próximo sábado vai fazer uma semana desde a última vez que vomitei. Hurray! Espero estes dias sem vómitos se prolonguem por muito mais tempo!
Dizem que é a partir das 12 semanas que os enjoos acalmam. O Dr disse-me que o pico dos enjoos foi nas 10 semanas de gravidez. Espero que sim, que ambos tenham razão!
Como já não ando tão enjoada, decidi reduzir a dose do Nausefe e agora já só tomo 1 à noite e 1 de manhã. Vamos ver se é suficiente e se irei conseguir continuar a reduzir o Nausefe.